9º ANO – ANOS FINAIS
LÍNGUA PORTUGUESA – SEMANA
(07 a 11) DE DEZEMBRO
ANO/SEGMENTO: 9º Ano/ Anos Finais
COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa
OBJETOS DE CONHECIMENTO: Relação do texto com o contexto de produção e
experimentação de papéis sociais.
HABILIDADES: (EF69LP06);
(EF69LP07)
Aula 1
Teorias do humor
Teorias da superioridade
Estas
teorias partem do pressuposto que todo riso é oriundo da sensação de
superioridade de um indivíduo frente a outro ou alguma situação. Traduz-se o
riso como uma resposta a uma "gloria repentina" advinda da percepção
de superioridade por parte do indivíduo. A superioridade pode se dar não
somente pela depreciação do outro, mas também, da ética e da moral
estabelecidas como em piadas e trocadilhos que zombam das regras sociais ou
mesmo gramaticais.
Teorias da incoerência
A
incoerência aqui é tida como força motriz de toda situação cômica, sendo a
mesma identificada como uma "experiencia frustrada". Immanuel
Kant alegava que o humor surge da "transformação repentina de uma
grande expectativa para o nada". O humor é tido como a dissolução violenta
de uma atitude emoção, que e produzida pela associação de duas ideias
inicialmente distantes. Segundo estes preceitos a piada de boa qualidade deverá
necessariamente mesclar dois elementos altamente contrastantes de forma que se
estabeleça forte relação entres ambos. Para que a piada tenha boa aceitação
pelo público é essencial que este esteja inteirado das idéias opostas que se
apresentam na piada. Da mesma forma, o comediante, deve se inteirar sobre os
aspectos sócio-culturais do público para que consiga estabelecer relações inusitadas para
aquela plateia, uma vez certas relações podem parecer inusitadas para um grupo
e não para outro.
Teorias do alívio
Provém da
remoção de uma tensão, Sigmund Freud teorizou que esta tensão é
resultado da ação da "censura", nome que deu às proibições internas
que impedem o indivíduo de dar forma aos seus impulsos naturais. Segundo Freud,
o humor, seria uma forma de enganar a censura e portanto provocar alívio e por
conseguinte o riso. A censura é enganada se a quebra da proibição for
disfarçada por uma ideia que não denote algo proibido. Como um insulto dito
como um elogio.
A vida pelo telefone - Walcyr Carrasco
Como salvar em ligações simultâneas
a namorada e o emprego
Durante meses, eu e um
amigo nos falamos por telefone. Sempre reclamávamos da escassez de encontros
pessoais.
- Precisamos nos ver! -
ele dizia.
- Vou arrumar um
tempinho! - eu prometia.
Posso ser antiquado, mas
acredito que nada substitui o olho no olho. A expressão, o jeito de falar, a
gargalhada espontânea, tudo isso dá nova dimensão ao relacionamento. Cumpri
minha promessa e fui a seu apartamento. Nos primeiros minutos, falamos da vida
como não fazíamos havia bastante tempo. Em seguida, tocou o telefone.
-Um momento.
Iniciou-se uma longa
discussão sobre quem compraria os ingressos para um espetáculo. Já estava
desligando quando se ouviu o celular. Pediu licença no telefone e ele atendeu.
Era alguém discutindo com um problema profissional. Depois de duas respostas,
meu amigo disse que, como o assunto era complicado, ia terminar um telefonema e
ligaria em seguida. Falou rapidamente com a primeira pessoa, desligou e voltou
ao celular. Foi a vez do bip, que tocou insistentemente. Pediu desculpas, foi
ver a mensagem. Recado urgente para chamar determinada pessoa. Novamente,
trocou mais algumas frases ao celular. Desligou. Pediu-me novas desculpas.
Ligou quem o havia bipado. Mais questões de trabalho. Quando anotava alguns
detalhes, a linha, digital, anunciou que mais alguém estava querendo ligar.
Pediu licença e atendeu a outra linha. Olhou para mim e murmurou desculpas.
Combinou rapidamente os detalhes de uma festa-surpresa no fim da semana. Foi
fazer um café, com o sem-fio acoplado à orelha. Volta ao celular. Ele tenta
botar o pó no coador, com um aparelho em cada orelha e falando nas dois ao
mesmo tempo.
- Não, querida, eu tentei
ligar pra saber se você queria ir ao espetáculo com a gente! Mas só deu
ocupado... O quê? Não, senhor, não estou falando com o senhor, chefe, puxa
vida... Claro que o senhor levou um susto... Eu falando assim, querida... Ha,
ha, ha... Pois é, meu amor... Meu amor é ela, chefe... Eu quero que você vá ao
show... Eu dou um jeito de terminar o relatório até segunda, chefe... Ah, o
senhor também quer ir ao show? Bem vou ver se consigo mais entradas e... Ah! Certo...
Meu bem não fique nervosa, não vou trabalhar no final de semana é só um relatório....
Sim mas é claro que vou
fazer o melhor chefe... Oh! Meu Deus!
Corri para ajudar com o
café, enquanto ele tentava salvar o emprego e namorada ao mesmo tempo. Quase
engoliu o celular. Quando terminou, sentou-se exausto. Nesse segundo, alguém ligou
e ele lamentou-se longamente:
- Imagine que minha
namorada me pressionou justamente quando falava com meu chefe ao telefone, e
ele ouviu tudo pelo jeito...
Olhei meu talão de
cheques e disquei para verificar o saldo. Aproveitei para falar com os dois amigos.
Quando terminava, ele sentou-se na minha frente, pálido, mas calmo, com a
bandeja e as xícaras. Em dois rápidos chamados, havia se justificado com ela e
se desculpado com ele. Mal pôde perguntar se eu queria açúcar ou adoçante.
Entrou um fax.
-Deixa eu ver o que é,
pode ser importante.
-Terminou de ler e alguém
ligou para saber se tinha recebido. Em seguida, ligou para confirmar alguma
coisa que fora escrita na mensagem. Não pôde terminar porque o celular gritou
novamente. Meu estômago roncou de fome. Levantei-me e ele fez sinal pra que eu
sentasse.
-Já estou terminando. Só
preciso mandar um bip.
Observei o relógio
demoradamente. Aproveitei o intervalo entre o bip e um novo telefonema para
dizer, bem depressa:
-Preciso ir. Depois te
ligo.
Sorriu, satisfeito.
-Então me chame depois.
Mas não esqueça, hein?
-Mando um e-mail e você
me responde. Assim o papo fica melhor.
Gostou da ideia, sem
perceber a ironia. Pediu mais um minutinho no telefone, dizendo que ia me levar
até a porta e já voltava. Comentou já tranquilo:
-Nossa como a gente tem
coisas para falar. Você ficou mais de duas horas aqui e nem botamos tudo em
dia.
Repuxei os lábios,
educadamente. Certas pessoas estão grudadas aos telefones, celulares, bips e
e-mail. Inventou-se tudo para facilitar a comunicação. Às vezes acredito que,
justamente por causa disso, ela anda se tornando cada vez mais difícil.
CARRASCO, Walcyr. a vida pelo
telefone. In: Veja São Paulo, Abril, 19 abr.2000
01. Qual era a
necessidade inicial dos dois amigos?
02. O que foi
feito para atender a essa necessidade?
03. Quanto durou o
encontro entre os dois amigos?
04. Passando dez
minutos do encontro, os amigos não conseguiram mais se comunicar como queriam,
porque houve uma série de interrupções. Faça uma relação dos aparelhos de
comunicação que acabaram impedindo a comunicação pessoal entre amigos.
05. O amigo do
narrador conseguia usar mais de um aparelho ao mesmo tempo sem problema de
comunicação? Explique.
06. Depois de
comprovar que seria impossível realizar o objetivo do encontro, um bate-papo
entre amigos, qual foi a solução sugerida pelo visitante?
07. O narrador
comenta que o amigo não percebeu a ironia da solução proposta. Qual é a ironia?
08. De acordo com o texto de “Walcyr Carrasco” construa um
texto de opinião sobre suas impressões com relação ao texto. (Mínimo 10
linhas.)
Aula 2
Leia o
texto a seguir.
1. A expressão “eu vou indo
em busca de um sonho tranquilo” (linha 5-6) significa que o eu-lírico busca
a) dormir bem por uma noite.
b) garantir uma vida sossegada.
c) ir para casa descansar.
d) morrer em paz.
2. Na expressão “...só ando
a cem” (linha 11), o autor quis dizer que anda com
a) bastante pressa, correndo.
b) muito cuidado, bem devagar.
c) muito medo e preocupado.
d) toda
tranquilidade, despreocupado.
Leia o
texto a seguir.
3. No trecho “Mas não
esmorece” (linha 2), o que significa a palavra “esmorece”?
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4. Quando escreveu “Sou
cabra da Peste” (linha 08), o autor quis dizer que o nordestino é
a) amigável.
b) briguento.
c) destemido.
d)
preguiçoso.
Leia o texto
a seguir.
05. A palavra tic-tac
reproduzida várias vezes no poema é uma figura de linguagem denominada
onomatopeia cuja finalidade é utilizada no texto para
a) explicar a pronúncia das
palavras.
b) imitar o barulho do relógio.
c) reforçar a importância da
escrita.
d) usar esse recurso em textos
infantis
06. O relógio se demonstra
satisfeito em trabalhar marcando as horas? Justifique com base no texto.
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Leia o texto
a seguir.
07. Pode-se afirmar que o
poeta fez uso das palavras para compor o formato
a) de xícara, que dá nome ao
poema.
b) de fumaça, expressa no
poema.
c) de calor, expresso no poema.
d) de café,
citado no poema
Leia o texto a seguir.
08. Percebe-se com a leitura
do cordel que o autor traz marcas de oralidade no texto, ou seja, utiliza-se de
uma variação linguística que é típica da região
a) nordeste
b) norte
c) sudeste
d) sul
09. Copie três palavras que
justificam a sua resposta na questão anterior.
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10. Um aboio consiste em um
canto de um vaqueiro destinado à boiada. Copie a seguir o trecho que expressa
esse canto.
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11. Observe o verso a seguir
e responda.
“Mas uma seca medonha me
tangeu de lá pra cá”
a) O que significa a palavra
“tangeu”?
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b) A que se refere a palavra
“lá”?
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c) A que se refere a palavra
“cá”?
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12. Por qual motivo o
eu-lírico foi embora para o Sul?
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