07 dezembro, 2020

9º ANO LÍNGUA PORTUGUESA 27ª SEMANA - PROF. LEONARDO

 

9º ANO – ANOS FINAIS

LÍNGUA PORTUGUESA – SEMANA (07 a 11) DE DEZEMBRO

ANO/SEGMENTO: 9º Ano/ Anos Finais

COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa

OBJETOS DE CONHECIMENTO: Relação do texto com o contexto de produção e experimentação de papéis sociais.

HABILIDADES:  (EF69LP06); (EF69LP07)

 

Aula 1

Teorias do humor

 

Teorias da superioridade

 

Estas teorias partem do pressuposto que todo riso é oriundo da sensação de superioridade de um indivíduo frente a outro ou alguma situação. Traduz-se o riso como uma resposta a uma "gloria repentina" advinda da percepção de superioridade por parte do indivíduo. A superioridade pode se dar não somente pela depreciação do outro, mas também, da ética e da moral estabelecidas como em piadas e trocadilhos que zombam das regras sociais ou mesmo gramaticais.

 

Teorias da incoerência

 

A incoerência aqui é tida como força motriz de toda situação cômica, sendo a mesma identificada como uma "experiencia frustrada". Immanuel Kant alegava que o humor surge da "transformação repentina de uma grande expectativa para o nada". O humor é tido como a dissolução violenta de uma atitude emoção, que e produzida pela associação de duas ideias inicialmente distantes. Segundo estes preceitos a piada de boa qualidade deverá necessariamente mesclar dois elementos altamente contrastantes de forma que se estabeleça forte relação entres ambos. Para que a piada tenha boa aceitação pelo público é essencial que este esteja inteirado das idéias opostas que se apresentam na piada. Da mesma forma, o comediante, deve se inteirar sobre os aspectos sócio-culturais do público para que consiga estabelecer relações inusitadas para aquela plateia, uma vez certas relações podem parecer inusitadas para um grupo e não para outro.

 

Teorias do alívio

 

Provém da remoção de uma tensão, Sigmund Freud teorizou que esta tensão é resultado da ação da "censura", nome que deu às proibições internas que impedem o indivíduo de dar forma aos seus impulsos naturais. Segundo Freud, o humor, seria uma forma de enganar a censura e portanto provocar alívio e por conseguinte o riso. A censura é enganada se a quebra da proibição for disfarçada por uma ideia que não denote algo proibido. Como um insulto dito como um elogio.

 

A vida pelo telefone - Walcyr Carrasco

 

Como salvar em ligações simultâneas

a namorada e o emprego

 

Durante meses, eu e um amigo nos falamos por telefone. Sempre reclamávamos da escassez de encontros pessoais.

- Precisamos nos ver! - ele dizia.

- Vou arrumar um tempinho! - eu prometia.

Posso ser antiquado, mas acredito que nada substitui o olho no olho. A expressão, o jeito de falar, a gargalhada espontânea, tudo isso dá nova dimensão ao relacionamento. Cumpri minha promessa e fui a seu apartamento. Nos primeiros minutos, falamos da vida como não fazíamos havia bastante tempo. Em seguida, tocou o telefone.

-Um momento.

Iniciou-se uma longa discussão sobre quem compraria os ingressos para um espetáculo. Já estava desligando quando se ouviu o celular. Pediu licença no telefone e ele atendeu. Era alguém discutindo com um problema profissional. Depois de duas respostas, meu amigo disse que, como o assunto era complicado, ia terminar um telefonema e ligaria em seguida. Falou rapidamente com a primeira pessoa, desligou e voltou ao celular. Foi a vez do bip, que tocou insistentemente. Pediu desculpas, foi ver a mensagem. Recado urgente para chamar determinada pessoa. Novamente, trocou mais algumas frases ao celular. Desligou. Pediu-me novas desculpas. Ligou quem o havia bipado. Mais questões de trabalho. Quando anotava alguns detalhes, a linha, digital, anunciou que mais alguém estava querendo ligar. Pediu licença e atendeu a outra linha. Olhou para mim e murmurou desculpas. Combinou rapidamente os detalhes de uma festa-surpresa no fim da semana. Foi fazer um café, com o sem-fio acoplado à orelha. Volta ao celular. Ele tenta botar o pó no coador, com um aparelho em cada orelha e falando nas dois ao mesmo tempo.

- Não, querida, eu tentei ligar pra saber se você queria ir ao espetáculo com a gente! Mas só deu ocupado... O quê? Não, senhor, não estou falando com o senhor, chefe, puxa vida... Claro que o senhor levou um susto... Eu falando assim, querida... Ha, ha, ha... Pois é, meu amor... Meu amor é ela, chefe... Eu quero que você vá ao show... Eu dou um jeito de terminar o relatório até segunda, chefe... Ah, o senhor também quer ir ao show? Bem vou ver se consigo mais entradas e... Ah! Certo... Meu bem não fique nervosa, não vou trabalhar no final de semana é só um relatório....

Sim mas é claro que vou fazer o melhor chefe... Oh! Meu Deus!

Corri para ajudar com o café, enquanto ele tentava salvar o emprego e namorada ao mesmo tempo. Quase engoliu o celular. Quando terminou, sentou-se exausto. Nesse segundo, alguém ligou e ele lamentou-se longamente:

- Imagine que minha namorada me pressionou justamente quando falava com meu chefe ao telefone, e ele ouviu tudo pelo jeito...

Olhei meu talão de cheques e disquei para verificar o saldo. Aproveitei para falar com os dois amigos. Quando terminava, ele sentou-se na minha frente, pálido, mas calmo, com a bandeja e as xícaras. Em dois rápidos chamados, havia se justificado com ela e se desculpado com ele. Mal pôde perguntar se eu queria açúcar ou adoçante. Entrou um fax.

-Deixa eu ver o que é, pode ser importante.

-Terminou de ler e alguém ligou para saber se tinha recebido. Em seguida, ligou para confirmar alguma coisa que fora escrita na mensagem. Não pôde terminar porque o celular gritou novamente. Meu estômago roncou de fome. Levantei-me e ele fez sinal pra que eu sentasse.

-Já estou terminando. Só preciso mandar um bip.

Observei o relógio demoradamente. Aproveitei o intervalo entre o bip e um novo telefonema para dizer, bem depressa:

-Preciso ir. Depois te ligo.

Sorriu, satisfeito.

-Então me chame depois. Mas não esqueça, hein?

-Mando um e-mail e você me responde. Assim o papo fica melhor.

Gostou da ideia, sem perceber a ironia. Pediu mais um minutinho no telefone, dizendo que ia me levar até a porta e já voltava. Comentou já tranquilo:

-Nossa como a gente tem coisas para falar. Você ficou mais de duas horas aqui e nem botamos tudo em dia.

Repuxei os lábios, educadamente. Certas pessoas estão grudadas aos telefones, celulares, bips e e-mail. Inventou-se tudo para facilitar a comunicação. Às vezes acredito que, justamente por causa disso, ela anda se tornando cada vez mais difícil.

CARRASCO, Walcyr. a vida pelo telefone. In: Veja São Paulo, Abril, 19 abr.2000

 

01. Qual era a necessidade inicial dos dois amigos?

 

 

02. O que foi feito para atender a essa necessidade?

 

 

03. Quanto durou o encontro entre os dois amigos?

 

 

04. Passando dez minutos do encontro, os amigos não conseguiram mais se comunicar como queriam, porque houve uma série de interrupções. Faça uma relação dos aparelhos de comunicação que acabaram impedindo a comunicação pessoal entre amigos.

 

 

05. O amigo do narrador conseguia usar mais de um aparelho ao mesmo tempo sem problema de comunicação? Explique.

 

 

06. Depois de comprovar que seria impossível realizar o objetivo do encontro, um bate-papo entre amigos, qual foi a solução sugerida pelo visitante?

 

07. O narrador comenta que o amigo não percebeu a ironia da solução proposta. Qual é a ironia?

 

08.  De acordo com o texto de “Walcyr Carrasco” construa um texto de opinião sobre suas impressões com relação ao texto. (Mínimo 10 linhas.)


Aula 2

Leia o texto a seguir.


1. A expressão “eu vou indo em busca de um sonho tranquilo” (linha 5-6) significa que o eu-lírico busca

a) dormir bem por uma noite.

b) garantir uma vida sossegada.

c) ir para casa descansar.

d) morrer em paz.

 

2. Na expressão “...só ando a cem” (linha 11), o autor quis dizer que anda com

a) bastante pressa, correndo.

b) muito cuidado, bem devagar.

c) muito medo e preocupado.

d) toda tranquilidade, despreocupado.

Leia o texto a seguir.


3. No trecho “Mas não esmorece” (linha 2), o que significa a palavra “esmorece”?

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4. Quando escreveu “Sou cabra da Peste” (linha 08), o autor quis dizer que o nordestino é

a) amigável.

b) briguento.

c) destemido.

d) preguiçoso.

Leia o texto a seguir.



05. A palavra tic-tac reproduzida várias vezes no poema é uma figura de linguagem denominada onomatopeia cuja finalidade é utilizada no texto para

a) explicar a pronúncia das palavras.

b) imitar o barulho do relógio.

c) reforçar a importância da escrita.

d) usar esse recurso em textos infantis

 

06. O relógio se demonstra satisfeito em trabalhar marcando as horas? Justifique com base no texto.

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Leia o texto a seguir.


07. Pode-se afirmar que o poeta fez uso das palavras para compor o formato

a) de xícara, que dá nome ao poema.

b) de fumaça, expressa no poema.

c) de calor, expresso no poema.

d) de café, citado no poema

 

 

 

Leia o texto a seguir.


08. Percebe-se com a leitura do cordel que o autor traz marcas de oralidade no texto, ou seja, utiliza-se de uma variação linguística que é típica da região

a) nordeste

b) norte

c) sudeste

d) sul

09. Copie três palavras que justificam a sua resposta na questão anterior.

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10. Um aboio consiste em um canto de um vaqueiro destinado à boiada. Copie a seguir o trecho que expressa esse canto.

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11. Observe o verso a seguir e responda.

“Mas uma seca medonha me tangeu de lá pra cá”

a) O que significa a palavra “tangeu”?

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b) A que se refere a palavra “lá”?

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c) A que se refere a palavra “cá”?

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12. Por qual motivo o eu-lírico foi embora para o Sul?

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