ANO/SEGMENTO:
7º Ano/ Anos
Finais (semana 4)
COMPONENTE
CURRICULAR: Língua
Portuguesa UNIDADES
TEMÁTICAS: Leitura
/ Produção de texto.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
- Relação entre textos;
- Estratégias de leitura;
- Apreciação e réplica;
- Construção da textualidade.
HABILIDADES:
(EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e
outras manifestações artísticas (como cinema, teatro, música,
artes visuais e midiáticas), referências explícitas ou implícitas
a outros textos, quanto aos temas, personagens e recursos literários
e semióticos.
(EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando
procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes
objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes
–, romances infantojuvenis, contos populares, contos de terror,
lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras,
narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em
quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e
cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando
avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por
gêneros, temas, autores.
(EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa
(como quadras e sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e
sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e
vídeo-poemas, explorando as relações entre imagem e texto verbal,
a distribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros recursos
visuais e sonoros.
DESENVOLVIMENTO DO PLANO:
A Abóbora Menina
Brotara do solo fecundo de um quintal enorme, de uma semente que mestre Crisolindo comprara na venda.
Despontava por entre uns pés de couve e mais algumas abóboras, umas suas irmãs, outras suas parentes mais afastadas.
Tratada com o devido esmero, adubada à maneira, depressa cresceu e se tornou em bela moçoila, roliça e corada
Os dias corriam serenos. Enquanto o sol brilhava, tudo era calma naquele quintal. Sombra dos pés de couve, rega a horas devidas, nada parecia faltar para que todos fossem felizes.
As suas conversas eram banais: falavam do tempo, de mestre Crisolindo e nunca, mas nunca, do futuro que os aguardava.
Mas Abóbora Menina, em vez de se dar por satisfeita com a vida que lhe havia sido reservada, vivia entristecida e os seus dias e as suas noites eram passados a suspirar.
Desde muito cedo que a sua atenção se virara para as borboletas de cores mil que bailavam sobre o quintal. E sempre que alguma pousava perto de si, a conversa não era outra se não esta:
- Dizei-me, menina borboleta, como fazeis para voar?
- Ora, menina abóbora, que quereis que vos diga? Primeiro fui ovo quase invisível, depois fui crisálida e depois, olhe, depois alguém me pôs estas asas e assim voei.
- Como eu queria ser como vós e poder sair daqui, ver outros quintais.
- Que me conste, vós fostes semente e vosso berço jaz debaixo desta terra negra e quente. Nunca por aí andamos, minhas irmãs e eu.
Certo dia passou por aqueles lados uma borboleta mais viajada e foi pousar mesmo em cima da abóbora. De novo a mesma conversa, os mesmos suspiros.
Tanta pena causou a abóbora à borboleta, que esta acabou por lhe confessar:
- Já que tamanho é vosso desejo de voar e dado que asas nunca podereis vir a ter, só vos resta uma solução: deixai-vos levar pelo vento sul, que não tarda nada aí estará.
- Mas como? Não vedes que sou roliça? Não vedes que tenho engordado desde que deixei de ser semente?E a borboleta explicou à Abóbora Menina o que ela devia fazer.A única solução seria cortar com o forte laço que a ligava àquela terra-mãe e deixar-se levar pelo vento.Ele não tardaria, pois umas nuvens suas conhecidas assim lhe haviam garantido. Mais adiantou a borboleta que daria uma palavrinha ao tal vento, por sinal seu amigo e aconselhou todos os outros habitantes do quintal a segurarem-se bem quando ele chegasse.
Ninguém
gostou da ideia à exceção da nossa menina.
- Vamos perder-te! ― lamentavam-se as irmãs.
- Nunca mais te veremos. ― sussurravam os pés de alface.
- Acabarás por mirrar se te desprendes do solo que te deu sustento.
Mas a abóbora nada mais queria ouvir. E logo nessa noite, quando
todos dormiam, Abóbora Menina tanto se rebolou no chão, tantos
esticões deu ao cordão que lhe dera vida, que acabou por se soltar
e assim permaneceu, liberta, aguardando o vento sul com todos os
sonhos que uma abóbora ainda menina pode ter na sua cabeça.
Não esperou muito, a Abóbora Menina. Dois dias passados, logo pela
manhãzinha, o vento chegou. E com tal força, que a todos
surpreendeu.
Mestre Crisolindo pegou na enxada e resguardou-se em casa. As flores
e as hortaliças, já prevenidas, agarraram-se ainda mais à terra.
Só a abóbora se alegrou e, peito rosado aberto à tempestade,
aguardou paciente a sorte que a esperava.
Quando um remoinho de vento pegou nela e a ergueu nos ares, qual
balão liberto das mãos de um menino, não sentiu nem medo, nem pena
de partir.
- Adeus, minhas irmãs!... Adeus, meus companheiros!...
― Até... um... dia!...
E voou direitinha ao céu sem fim!...
Para onde seguiu? Ninguém
sabe.
Onde foi parar? Ninguém imagina.
Mas todos sabem, naquele quintal, que dali partiu, numa bela tarde de
vento, a abóbora menina mais feliz que algum dia poderá haver.
LOPES, T. Histórias que acabam aqui: contos para a infância. Edições ArcosOnline.com. p. 5-8.
Disponível
em: <https://bit.ly/2O8C1f4>. Acesso em: 30 ago. 2018
a) O tempo todo ela teve medo diante do desconhecido.
b) Ela demonstrava ingratidão com os cuidados recebidos de mestre Crisolindo.
c. Ela poderia ter se contentado com a vida que tinha, mas foi em busca de seus sonhos.
d. Ela teve apenas sorte, pois não tomou nenhuma atitude para conquistar seus sonhos.
3. Por que as palavras em destaque no trecho a seguir são grafadas com S e não com Z?
- Ora, menina abóbora, que quereis que vos diga? Primeiro fui ovo quase invisível, depois fui crisálida e depois, olhe, depois alguém me pôs estas asas e assim voei.
b. Porque vêm depois de um ditongo.
c. Porque estão entre duas vogais.
d. Não há regra específica para esse caso.
Cuitelinho1
Renato Teixeira
Cheguei na beira do portoOnde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira dapraia
E ocuitelinho não gostaQue o botão de rosa caia,ai,ai
Ai quando eu vim
da minha terra
Despedi da parentália
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaias
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes batáia,ai, ai
A tua saudade corta
Como aço de naváia
Ocoração fica aflito
Bateuma,aoutrafaia
E os óio se enche d´água
Que até a vista se atrapáia, ai...
Disponível em: <https://www.letras.mus.br/renato-teixeira/298332>. Acesso em: 28 nov. 2019.
Questão
01
O verso que faz uso de linguagem formal é:
- “Que até a vista se atrapáia.”.
- “Cheguei na beira do porto”.
- “O coração fica aflito.”.
- “Ai quando eu vim.”.
Questão
02
Em “A tua saudade corta / Como aço de naváia”, a figura de
linguagem comparação foi utilizada para
- abrandar o desejo do eu lírico.
- produzir o efeito de redundância.
- demonstrar a dor da saudade que sente.
- demonstrar o contrário do que se quis dizer.
Leia o texto e responda à questão 03.
MarvinMeu pai não tinha educação
Ainda me lembro, era um grande coração
Ganhava a vida com muito suor
Mas mesmo assim não podia ser pior
Pouco dinheiro pra poder pagar
Todas as contas e despesas do lar
[...]
Sérgio Brito e Nando Reis. Marvin. In: Titãs Acústico. São Paulo: WEA Music Brasil. (adaptado)
Questão 03
A
expressão “com
muito suor”, no
texto, significa
- ir à sauna.
- passar calor.
- fazer exercícios.
- trabalhar muito.
A terra é naturá
Patativa do Assaré[...]
A chuva e a terra também,
Tudo é coisa minha e sua,
Seu dotô conhece bem.
Pra sesabe disso tudo
Ninguém precisa de istudo;
Eu, sem escreve nem lê.
Conheço desta verdade,
Seu dotô, tenha bondade
De ouvi o que vô dizê.
Sua mala de dinhêro
A sua prata, o seu ôro
O seu boi, o seu carnêro,
Seu repôso, seu recreio,
Seu bom carro de passeio,
Sua casa de mora
E a sua loja surtida,
O que quero nesta vida
É terra pra trabaiá.
Seu dotô, seu coroné:
De fome tão padecendo
Meus fio e minha muié.
Sem briga, questão nem guerra,
Meça desta grande terra
Umas tarefas pra eu!
Tenha pena do agregado
Não me dexê deserdado
Daquilo que Deus me deu.
ASSARÉ, P. A terra é naturá. In: Cordéis e outros poemas. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2008. p. 116 - 118
Questão
04
O trecho do texto que possui linguagem formal é
- “Pra se sabe disso tudo”.
- “Seu bom carro de passeio”.
- “Sua mala de dinhêro”.
- “De fome tão padecendo”.
Leia esta tira “Calvin”, de Bill Watterson. Em seguida, responda as atividades:
- Quem são os personagens dessa tirinha? O que você sabe sobre eles?
- A partir dessa tirinha, o que podemos concluir sobre a personalidade de Calvin?
- Observando o último quadrinho, por que as letras e o balão estão diferentes dos outros balões?
- O grito do pai, a sua expressão e os desenhos no último quadrinho sugerem que Calvin fez uma travessura. Qual foi ela?
Leitura de texto e depois responda:
Nossos desejos e sonhos ajudam a nos definir, a formar a
nossaidentidade. Na letra de canção a seguir, o eu poético se
expõe com firmeza.
Dona de Mim
Já me perdi tentando me encontrar Já fui embora querendo nem
voltar Penso duas vezes antes de falar
Porque a vida é louca, mano, a vida é louca
Sempre fiquei quieta, agora vou falar Se você tem boca, aprende a
usar
Sei do meu valor e a cotação é dólar Porque a vida é louca,
mano, a vida é louca
Me perdi pelo caminho Mas não paro, não
Já chorei mares e rios Mas não afogo não
Sempre dou o meu jeitin É bruto, mas é
com carin
Porque Deus me fez assim Dona
de mim
Deixo a minha fé guiar Sei que um dia chego lá Porque Deus me fez
assim Dona de
mim
Já não
me importa a sua opinião
O seu conceito não altera minha visão Foi tanto sim que agora eu
digo não
Porque a vida é louca, mano, a vida é louca
Quero saber só do que me faz bem Papo furado não me entretém
Não me limite que eu quero ir além
Porque a vida é louca, mano, a vida é louca [...]
Cantora: IZA
Compositores: Arthur Magno Simoes Marques
Adaptado de https://www.vagalume.com.br/iza/dona-demim.html
a. Cite
três outras palavras que poderiam estar nesse mesmo
campo.
b. Qual
o sentido da palavra “valor” nesse
verso?
c. Qual
o sentido da expressão “a cotação é
dólar”?
3. Transcreva
um verso que expresse que o eu poético mudou seu jeito de
agir.
Em anos anteriores, você já aprendeu que as palavras podem ser
utilizadas de forma denotativa ou conotativa. A
linguagem conotativa é também chamada de linguagem figurada porque
evoca imagens, provoca o leitor para que ele associe ideias, indo
além do sentido objetivo,
denotativo.
Atividades de Produção de Texto 7 ano
Desigualdade no Brasil
“O conceito de desigualdade é um guarda-chuva que compreende
diversos tipos, desde desigualdade de oportunidade até desigualdade
de escolaridade, de renda, de gênero, etc. De modo geral, a
desigualdade econômica, a mais conhecida, é chamada de desigualdade
social, dada pela distribuição desigual de renda. No Brasil, a
desigualdade social tem sido um cartão de visita para o mundo, pois
é um dos países mais desiguais.”
Quanta fome que há em nosso mundo
E também trabalho escravo e
infantil
Que existe na África e América Central
Mas também
acontecem aqui no Brasil
Quanto dinheiro se dá aos banqueiros
Quanto
dinheiro se dá ao já rico
Algumas migalhas que se dá aos
pobres
Dizem que prejudica o patrimônio público
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→ Os textos acima mencionam sobre a desigualdade existente no
Brasil. O poema retrata que a desigualdade é a mãe da injustiça,
enquanto ela existir, o mundo vai viver em desequilíbrio, onde uns
poucos têm muito e muitos têm pouco.
Um poema é uma obra literária geralmente apresentada em versos e
estrofes. Verso é sucessão de sílabas ou fonemas que formam uma
unidade rítmica e melódica, correspondente a uma linha do poema. Os
versos organizam-se em estrofes e estrofe é um agrupamento de
versos. Por meio dessa afirmação e de acordo com os textos acima,
organize suas ideias e crie mais duas estrofe para o poema que
retrate a desigualdade existente no Brasil.
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