LÍNGUA PORTUGUESA 8ª Semana
Ano/Etapa: 9º Ano – Anos Finais
Componente Curricular: Língua Portuguesa
Habilidades:
(EF69LP48)
I
Prática
de Linguagem: Prática
de leitura do gênero poema explorando os recursos expressivos sonoros apontados
na habilidade.
– Linguagem
da Poesia I
Maria da Conceição Paranhos |
O ritmo é o que faz a poesia persuasiva e não
informativa.
José
Hierro
A poesia é mais profunda e filosófica do que a
história.
Aristóteles
A poesia está mais próxima da verdade vital do
que a história.
Platão
Digamos que existem dois tipos de mentes poéticas:
uma apta a inventar fábulas e outra disposta a crer nelas.
Galileu
Galilei
O poeta é uma mentira que sempre diz a verdade.
Jean
Cocteau
A poesia é mais fina e mais filosófica do que a
história; porque a poesia expressa o universo, e a história somente o detalhe.
Aristóteles
A poesia é uma religião sem esperança.
Jean Cocteau
O esplendor da relva só pode mesmo ser
percebida pelo poeta. Os outros pisam nela. Um mérito inegável da poesia: ela
diz mais e em menor número de palavras que a prosa.
Voltaire
Até os poetas se armam, e um poeta desarmado é,
mesmo, um ser à mercê de inspirações fáceis, dócil às modas e compromissos.
Carlos Drummond de Andrade
O que de melhor existe nos grandes poetas de
todos os países não é o nacionalismo e sim o universalismo.
Longfellow
Desconfia da tristeza de certos poetas. É uma
tristeza profissional e tão suspeita como a exuberante alegria das coristas.
Mario
Quintana
Poesia são pensamentos que respiram, e palavras
que queimam.
Thomas
Gray
É tão fácil ser poeta, e tão difícil ser um
homem.
Charles
Bukowski
A poesia é uma forma de produção. Dificílima,
complexíssima, porém produção.
Maiakovski
Infelizmente, exige-se pouco de nosso poeta;
menos do que se reclama ao pintor, ao músico, ao romancista...
Carlos Drummond
de Andrade
A poesia genuína pode comunicar-se antes que
seja compreendida.
T. S.
O Poeta Aprendiz
Ele era um menino
Valente e caprino
Um pequeno infante
Sadio e grimpante.
Anos tinha dez
E asinhas nos pés
Com chumbo e bodoque
Era plic e ploc.
O olhar verde-gaio
Parecia um raio
Para tangerina
Pião ou menina.
Seu corpo moreno
Vivia correndo
Pulava no escuro
Não importa que muro
E caía exato
Como cai um gato.
No diabolô
Que bom jogador
Bilboquê então
Era plim e plão.
Saltava de anjo
Melhor que marmanjo
E dava o mergulho
Sem fazer barulho.
No fundo do mar
Sabia encontrar
Estrelas, ouriços
E até deixa-dissos.
Às vezes nadava
Um mundo de água
E não era menino
Por nada mofino
Sendo que uma vez
Embolou com três.
Sua coleção
De achados do chão
Abundava em conchas
Botões, coisas tronchas
Seixos, caramujos
Marulhantes, cujos
Colocava ao ouvido
Com ar entendido
Rolhas, espoletas
E malacachetas
Cacos coloridos
E bolas de vidro
(...)
Em gude de bilha
Era maravilha
E em bola de meia
Jogando de meia –
Direita ou de ponta
Passava da conta
De tanto driblar.
Amava era amar.
Amava sua ama
Nos jogos de cama
Amava as criadas
Varrendo as escadas
Amava as gurias
Da rua, vadias
Amava suas primas
Levadas e opimas
Amava suas tias
De peles macias
Amava as artistas
Das cine-revistas
Amava a mulher
A mais não poder.
Por isso fazia
Seu grão de poesia
E achava bonita
A palavra escrita.
Por isso sofria.
Da melancolia
De sonhar o poeta
Que quem sabe um dia
Poderia ser.
01. O poema apresenta informações sobre um menino. Cite três adjetivos que o
caracterizam.
a) A quem interessava o
seu olhar?
b) Que característica a
expressão “asinhas nos pés” atribui ao menino?
02.
Segundo o texto, o menino
não era covarde. Que ação praticada por ele
justifica essa ação?
03.
O menino brincava muito.
Copie do poema as palavras que qualificam o modo como ele praticava as
seguintes ações.
a) Pulava no escuro e caía.
b) Jogava bola de meia.
04.
Qual era o motivo que
levava a fazer poesia?
05. O menino sonhava ser poeta. Se realizasse esse sonho ainda menino, sobre o
que você supõe que ele escreveria?
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