Aula
1 (Atividade do Livro didático)
Artigo
de opinião
Páginas:
124 e 125.
Aula
2
Linguagem
Jornalística
Jornal
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jornal é um meio
de comunicação impresso, geralmente um produto derivado do conjunto de
atividades denominado jornalismo. As características principais de um jornal
são: o uso de "papel de imprensa" - mais barato e de menor
qualidade que os utilizados por outros materiais impressos; a linguagem própria
- dentro daquilo que se entende por linguagem jornalística; e é um meio de
comunicação de massas - um bem cultural que é consumido pelas massas. Os
jornais têm conteúdo genérico, pois publicam notícias e opiniões que abrangem
os mais diversos interesses sociais. No entanto, há também jornais com conteúdo
especializado em economia, negócios ou desporto, entre outros. A periodicidade
mais comum dos jornais é a diária, mas existem também aqueles com periodicidade
semanal, quinzenal e mensal. O jornal foi o primeiro - e, por muito
tempo, o principal - espaço de atividade profissional do jornalismo.
Os jornais contemporâneos normalmente são impressos em um tipo específico de
papel espesso e áspero - o papel-jornal ou "papel de
imprensa", (newsprint em inglês), um papel
reciclado, obtido de pedaços de madeira não
aproveitados na fabricação de móveis e fibras
recicladas., cortado em folhas de tamanhos padronizados.
Revista
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Uma revista é uma publicação
periódica de cunho informativo, jornalístico
ou de entretenimento, geralmente voltada para o público em
geral.
Para revistas em quadrinhos (ou
"gibis", de banda desenhada), veja os tópicos Histórias em
Quadrinhos ou Banda desenhada.
No Brasil, as
principais editoras de revistas são a Editora
Abril, a Editora Globo, a Editora
Símbolo, a Editora Três, todas sediadas em São Paulo. O grupo editorial Bloch, do Rio de Janeiro, foi uma grande editora de
revistas que deixaram de existir, como a revista Manchete.
A |
adolescência
é uma fase extremamente difícil da vida. Talvez a mais difícil. Temos que nos
comportar como adultos sem dispor de cacife para isso. Temos que ser fortes e
independentes quando ainda nos sentimos inseguros e sem autonomia de vôo. Temos
que mostrar autoconfiança sexual, mesmo sendo totalmente inexperientes. Temos
que formar um juízo a nosso respeito — se possível positivo —, mas nos falta a
vivência para aprofundar o autoconhecimento. Enfim, temos que ser ousados e
corajosos, embora a cada passo surja o medo para nos inibir.
O
que fazer? Frente a tantas incertezas, acabamos seguindo os modelos sugeridos
pela própria cultura. Passamos a imitar nossos heróis, “travestindo-nos” de
super-homens e de mulheres maravilha. Assim, encobrimos nossas dúvidas e
inseguranças. Elas que sejam reprimidas
e enviadas para o porão do inconsciente. Nós seremos fortes e
destemidos, para nós nada de errado ou ruim irá acontecer.
Construímos
uma imagem de perfeição, de criaturas especiais, particularmente abençoadas
pelos deuses. Resultado: nos sentimos onipotentes e, a partir daí, não há coisa
no mundo que possa nos aterrorizar, uma vez que estamos revestidos de proteções
extraordinárias.
Este
“estado de graça” irá perdurar por um tempo variável. É um período bastante
complicado para as pessoas que convivem com o jovem, pois ele sabe tudo, faz
tudo melhor, acha todo o mundo “alienado” e “burro”.
Só
ele é competente e sábio. No entanto, para o próprio jovem, a fase parece muito
positiva. Ele, finalmente, se sente bem, forte, seguro e não tem medo de
experimentar situações novas. Pode montar o cavalo mais selvagem com a certeza
absoluta de que não cairá em hipótese alguma. Mais tarde, quando não for mais
tão ousado e confiante, se lembrará dessa época da vida como a mais feliz.
Afinal de contas, a sensação de euforia é sempre inesquecível.
Na
verdade, ninguém teria nada contra a onipotência, se ela correspondesse à
realidade. Porém, não é isso que os fatos nos ensinam. Sabemos que, entre os
jovens, são exatamente os mais confiantes aqueles que se envolvem em todo tipo
de acidentes graves, quando não fatais. São estes jovens que dirigem seus
carros na estrada, durante a madrugada, com o “pé na tábua”. Não sentem medo
porque “é óbvio que os pneus não irão estourar” e “é lógico que não irão
adormecer ao volante”. São estes jovens que saem de uma festa e, alcoolizados,
vão a toda a velocidade para a praia. Sua “imortalidade” só é desmentida por um
acidente fatal. Aliás, para ser sincero, parece incrível que não ocorra um
maior número de acidentes.
Alguns
jovens, onipotentes e filhos diletos dos deuses, andam de motocicleta sem
capacete. Desafiam a chuva e o asfalto molhado, depois de usar tóxicos ou
ingerir álcool. Fazem curvas superperigosas.
Não
se intimidam porque “para eles nada de mau irá acontecer”. E morrem ou ficam
paralíticos, interrompendo vidas que poderiam ser ricas e fascinantes. Estes
mesmos jovens utilizam drogas em doses elevadas, porque se julgam imunes aos
riscos da overdose e suas graves consequências. Chegam a compartilhar seringas,
ao injetar tóxicos na veia, pois “é claro que não terão AIDS”. E, pela mesma
razão, continuam a ter relações sexuais com parceiros desconhecidos, sem sequer
tomar o cuidado de usar camisinha.
Aqueles
que não morrem ou não ficam gravemente doentes, um dia acordam desse sonho em
que flutuavam em “estado de graça”. Acordam porque lhes aconteceu algo: aquele
acidente considerado impossível. Caíram do cavalo. Eles também são mortais!
Então, tomam consciência de toda a insegurança e de toda a fragilidade que os
levaram a construir a falsa armadura da onipotência. Ao se tornar criaturas
normais, sentem-se fracos. Antes era muito melhor. Sim, mas era tudo mentira.
Agora, o mundo perdeu as cores vibrantes da fantasia. Vestiu os meios-tons da
realidade. Eles não conseguiram domar o cavalo selvagem e foram derrubados no
chão. Terão que aprender a cair e se levantar. Terão que aprender a respeitar
mais os cavalos! Terão que saber que todas as doenças, todos os acidentes,
todas as faltas de sorte poderão persegui-los. E — o que é mais importante —
terão que enfrentar com serenidade a plena consciência de que são vulneráveis.
Este é um dos ingredientes da maturidade: ter serenidade na viagem da vida,
mesmo sabendo que tudo pode nos acontecer.
(Flávio Gikovate. Claudia, fev. 1992.)
01. Flávio Gikovate, médico psiquiatra,
discute nesse texto um problema relacionado ao jovem adolescente. No 1º
parágrafo, várias vezes é empregada a 1ª pessoa do plural, como em “Temos que
nos comportar como adultos [...]”. A quem o autor se refere, ao empregar
a 1ª pessoa?
02. Com o emprego repetido do verbo ter,
o 1º parágrafo passa a impressão de que cada um de nós tem de apresentar uma
série de comportamentos exigidos pela sociedade. Observe alguns deles,
enumerados pelo autor:
• Comportar-se como adulto. • Mostrar autoconfiança sexual. • Ter ousadia e coragem.
• Ser forte e independente. • Formar um juízo de si mesmo.
Por
que esses comportamentos são exigidos socialmente?
03 Releia este trecho:
Com
base no 2º e no 3º parágrafos, responda:
a)
Que
relação o autor estabelece entre o sentimento de onipotência do jovem e os
modelos culturais?
b) Como é, para os familiares, conviver com
um jovem que vive em “estado de graça”? Por quê?
A
JUVENTUDE NO CINEMA
A
imagem da juventude como rebelde, contestadora e inconsequente é mais ou menos
recente na cultura ocidental: data dos anos 50 do século XX para cá. Antes
disso, os jovens não eram vistos como um grupo de importância social, com
necessidades, valores e interesses próprios.
O filme Juventude transviada (1955) foi o primeiro a registrar a insatisfação dos jovens americanos em relação aos valores da família e da sociedade. Os anseios do movimento hippie e dos jovens dos anos 60 ficaram documentados no musical Woodstock — Onde tudo começou (1970). Nos anos 70, a contestação jovem ficou registrada no filme Laranja mecânica, de Kubrick. Nos anos 90, o filme Kids causou impacto com seus adolescentes decadentes e sem perspectiva. E hoje? Que filme pode traduzir os anseios da sua geração?
James Dean, ator que fez o
papel principal de Juventude transviada e que, na vida real, imitou o
filme: ainda jovem, morreu em acidente de automóvel.
04 No 4º parágrafo, o autor afirma que “ninguém teria nada
contra a onipotência, se ela correspondesse à realidade”. Com esse comentário,
Gikovate quer dizer que a sensação de onipotência é positiva ou negativa?
Explique por quê.
05. No 5º parágrafo, no trecho “Alguns
jovens, onipotentes e filhos diletos dos deuses [...]”, o autor faz uso da ironia
— uma figura de linguagem que leva à inversão do sentido comum das palavras
— ao empregar a expressão filhos diletos dos deuses. Que efeito de
sentido essa ironia causa no texto?
06. Observe e compare estes dois trechos:
“Pode
montar o cavalo mais selvagem com a certeza absoluta de que não cairá em
hipótese alguma.” (3º parágrafo)
“Caíram
do cavalo. Eles também são mortais! [...] Eles não conseguiram domar o cavalo
selvagem e foram derrubados no chão. Terão que aprender a cair e se levantar.
Terão que aprender a respeitar mais os cavalos!” (último parágrafo)
Em
ambos os trechos, o autor usa a mesma imagem: a do cavalo e do cavaleiro.
a) Em qual deles a imagem tem sentido
denotativo e em qual tem sentido conotativo?
b) No trecho conotativo, além do sentido
comum, que outros sentidos ganham:
o cavalo selvagem?
a queda do cavalo? • o respeito ao
cavalo?
07. No último parágrafo, o autor compara a
vida a uma viagem, na qual um dia todos nós acordamos de um sonho e saímos do
“estado de graça” em que nos achávamos.
a) É fácil para o viajante abandonar o
“estado de graça”? Por quê?
b) De acordo com o texto, qual é o
requisito fundamental para fazer a “viagem da vida” de modo tranquilo?
08. O texto foi publicado em Claudia,
uma revista dirigida principalmente ao público formado por mulheres adultas.
Considerando
o público a que se destina a revista, indique qual dos itens a seguir expressa
a finalidade principal do texto:
a) Orientar os pais sobre como envelhecer e
como lidar com os filhos que chegam à maturidade.
b) Explicar psicologicamente o que ocorre
com o jovem adolescente na transição para a maturidade e orientar os pais sobre
como lidar com os filhos nessa fase.
c)
Informar
cientificamente o que ocorre com os jovens durante a transição para a
maturidade e orientá-los sobre como aproveitar melhor os aspectos positivos
dessa fase.
d) Instruir pais e filhos sobre como devem
agir durante esse período em que os jovens se sentem onipotentes.
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