9º ANO – ANOS FINAIS ENSINO RELIGIOSO
Ano/Etapa: 9º Ano/ Anos Finais Profs: Josiane/ Manoel/ Mariane
COMPONENTE CURRICULAR: RELIGIAO - 13ª SEMANA
Habilidade:(EF09ER04)Identificar concepções de vida e morte em diferentes
tradições religiosas e filosofias de vida, por meio de análise de ritos fúnebres.
Leia, compreenda e
reflita sobre o texto para responder as questões:
E o final da vida? Uma pessoa
em estado de saúde muito grave ou com uma doença incurável pode optar
pela morte? Médicos
ou enfermeiros não devem
realizar procedimentos para mantê-la viva quando já não tem muito o que fazer
por ela? Isso está muito em voga hoje em dia, porque se discute eutanásia
e distanásia.
Morrer
bem
Mas, o que é eutanásia?
Imaginem uma pessoa sofrendo por uma doença incurável ou em estado terminal escolha morrer de forma
rápida e sem dor. Eutanásia é esse
processo de escolha. Só que esse procedimento não é permitido em qualquer país.
Por exemplo, na Holanda e na Bélgica,
nos casos para pacientes terminais ou portadores
de doenças incuráveis que
acarretam em sofrimento físico e emocional para o paciente e seus familiares,
isso pode. Já no Brasil é ilegal esse tipo de
prática.
E o que é distanásia? Distanásia é prolongar a vida através
de tratamento. É o ato de prolongar o dia da morte de uma pessoa,
prolongando, com isto, a dor e o sofrimento.
Sobre isto, veremos a posição do médico Dálio Kippen:
“Nós
temos dois extremos, hoje em dia, em relação ao final da vida. Um deles é o que nós infelizmente fazemos em nossa UTIs.
Nós não deixamos o paciente morrer
de jeito nenhum.
Muitas vezes a morte é bem-vinda, ela é esperada, mas usa-se toda a
tecnologia, todos os recursos disponíveis, fazendo o paciente sofrer e gastando
dinheiro desnecessariamente, ocupando leitos.
Em outro extremo são aqueles são aqueles que defendem a eutanásia, que dizem assim: “se o paciente quiser
que a vida dele seja terminada, se ele está sofrendo muito, que seja atendido”.
O
primeiro extremo chamamos distanásia, as pessoas consideram que a vida é sagrada, que a gente não pode nunca fazer alguma intervenção para interromper esta vida. E o outro extremo é a eutanásia,
que considera que
a
vida só tem valor quando tem uma certa qualidade. Se o paciente está sofrendo,
se sua vida não é boa, ele tem o direito de acabar com ela.
No
Brasil, a eutanásia é proibida. Os médicos, de um modo geral, não a aceitam, sob
nenhuma circunstância.
O
ideal seria se encontrássemos um meio termo, o que nós médicos chamamos de ortotanásia. Quer dizer: a morte no momento certo.
No final de 2006, o Conselho
Federal de Medicina, através de uma resolução, permitiu que os médicos retirem
os suportes que mantém os órgãos e sistemas
funcionando, quando se considera que
o paciente tem uma doença grave e incurável.
Vale
ressaltar que muitas pessoas dizem que a Igreja Católica é radicalmente contra
algum tipo de limitação de suporte de vida. Eu gostaria
de ressaltar que desde o papa Pio XII, a Igreja Católica já aceita que os médicos não possam fazer
tudo o que é possível para manter o paciente vivo. O papa João Paulo II várias
vezes também colocou isso e é muito importante ressaltar que ele mesmo decidiu,
num determinado momento, que não queria mais voltar para o hospital, nem
receber mais suporte de vida, para que o deixassem morrer em paz.
Então
essas são as posições, digamos assim, da Ciência, da Bioética e da própria Igreja
Católica que defende
este ponto de vista: que a vida começa
na fecundação e que gente não precisa no final
da vida usar todos os recursos
disponíveis, fazendo o paciente sofrer inutilmente. ”
Nesta semana, trataremos de um tema um tanto quanto delicado: a morte, o fim da vida. O tema se torna
necessário, pois está diretamente ligado ao início da vida: se ela inicia,
um dia terminará. Porém, o texto
acima se refere somente à visão da ciência sobre a
morte do nosso corpo físico.
1) Você compreendeu a visão da ciência sobre a morte?
Justifique.
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2) Você permitiria aplicar o método da eutanásia em um familiar?
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3) Qual o seu posicionamento a respeito da distanásia?
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