LÍNGUA PORTUGUESA
EJA- Educação de jovens e
adultos
Ano/Etapa: EJA – Educação de jovens e adultos
Componente Curricular:
Língua Portuguesa
11ª Semana
Escola: EEF Dalva Pontes da Rocha
Profª: Mariane Frota
Objeto do
conhecimento: Leitura
Habilidade: (EF69LP47)
Olá, alunos!
Chegamos a nossa quinta semana de aula não
presencial, com um novo desafio para você! No entanto, com a certeza de que o
resultado de seu empenho será um sucesso, como foram nas semanas anteriores.
Seguem
abaixo as atividades propostas para serem realizadas nesta semana. Siga as
orientações abaixo e bom trabalho!
Ah! Qualquer dúvida com relação à aula pode ser solucionada com seu professor nos grupos de whatsapp.
Agora, vamos lá!
Outro presente para a senhora
Carlos Drummond de Andrade
— Mãe, taqui seus chocolates!
— Que chocolates, meu anjo?
— A senhora não sabe que, no Dia das Mães, dê chocolate pra ela? Comprei um pacotão divino-maravilhoso-fora-de-série, pra senhora. Tem bombons, tabletes, figurinhas, pastilhas, drágeas... Um negócio, mãe! [...]
— Alfredinho, o médico me proibiu de comer chocolate.
— E daí? Esquece o médico. Não é Dia dos Médicos, é Dia das Mães, dia da senhora. Quando é que as mulheres vão se emancipar da tutela dos homens?
— E você não é homem, criatura? Você quer que eu seja independente comendo chocolate que você faz questão de me dar?
— Fico triste com a senhora.
— Fique não, querido. Vamos fazer uma coisa. Dê esse pacote tão lindo pra sua namorada.
— A Georgiana? A Georgiana não é casada nem mãe solteira, como é que eu vou dar presente a ela no Dia das Mães? Pega mal.
— Toda namorada merece ganhar presentes em qualquer dia do ano.
—
Não posso dar chocolates a Georgiana.
—
Não pode, por quê?
— Engorda.
— Ah, muito bonito. Então a Georgiana não pode engordar, e eu, que sou mãe do namorado dela, posso, né?
— Não é nada disso, mãe. Também não quero que a senhora engorde, mas se engordar, problema do papai.
— O problema é meu antes de mais ninguém, ouviu? Ou você não acha mais que a mulher deve resolver por si mesma o que lhe convém ou não convém?
—
Mas chocolate, uma coisa à-toa...
Que importância tem isso? [...]
— É uma tentação, mas eu resisto.
— Eu ajudo a destruir o que tá aí dentro, mãe. [...]
— Nããããão. Leve pra Georgiana, já disse.
— Já vi tudo. A senhora quer ter uma nora de barrigona estufada de tanto comer chocolate, só pra ter o gosto de mostrar que a sogra dela é mais leve que manequim!
— Bandido, some da minha frente com essa porcaria, que eu não sou mais sua mãe!
.
(Poesia e prosa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988.)
Interpretando o texto (A partir daqui, você
deve registrar as atividades no seu caderno de Língua Portuguesa.
Não se esqueça de escrever a data e o título do texto.) Ø Responde em seu
caderno com capricho e atenção.
1. No texto em estudo, há a
presença do discurso direto ou do indireto?
Lembre-se que: |
Discurso
direto: Este é o mais
comum e natural entre os tipos de discurso. Consiste na transcrição exata da
fala dos personagens, sem participação do narrador. Discurso indireto: É caracterizado pela intervenção do narrador no
discurso, ao utilizar as suas próprias palavras para reproduzir as falas dos personagens. |
2.
Qual o tipo textual predominante no texto em
estudo: narrativo, dialogal ou descritivo? 3.
Agora, observe o título. Por que você acha que o
autor utilizou o termo “outro”? 4.
Na frase “Comprei um pacotão divino-maravilhoso-fora-de-série, pra
senhora”, a expressão destacada foi uma criação de Alfredinho. Qual a
intenção do filho ao usar tal expressão? Marque com um X a resposta correta. (Transcreva
para seu caderno apenas a alternativa que considerar correta) a)
( )
Fazer suspense quanto ao presente comprado. b)
( )
Convencer a mãe de que não devia dar o presente à namorada. c)
( )
Mostrar que ele sabia o que estava fazendo. d)
( )
Destacar o fato de que o presente era diferenciado.
5.
Alfredinho tenta dar um presente à mãe. Por que ela
o recusa? 6.
Diante da recusa da mãe, que
argumento o rapaz utiliza para tentar convencê-la a aceitar e comer os chocolates? 7.
Em certo momento do texto o filho diz: "Eu
ajudo a destruir o que tá aí dentro, mãe". O que ele quis dizer com essa afirmativa? |
Por se tratar de um diálogo, é comum encontrarmos marcas de oralidade durante a comunicação. É o que chamamos de Linguagem Informal. (Apenas leitura)
QUANTO
AO USO DA LINGUAGEM
Ø
A linguagem formal é usada principalmente ao escrever trabalhos
escolares, e-mails profissionais, relatórios. É também utilizada para conversar
com pessoas de trabalho que ocupam posições superiores, com pessoas com as
quais não temos muita intimidade ou com pessoas mais velhas, com autoridades,
como demonstração de respeito e educação. A linguagem formal não admite contrações de palavras,
gírias ou expressões consideradas descontraídas. Exemplos: “E aí, cara! Beleza! Vamo dar um rolé na praia pra relaxar?” Esse tipo de exemplo não se “encaixaria” na
linguagem formal. A linguagem informal é usada quando falamos de forma mais impulsiva e casual, como em conversas com família e amigos. Não é usada apenas quando falamos, pois podemos usar linguagem informal também quando escrevemos, como por exemplo, em um cartão postal para um membro da família ou uma mensagem de texto para um amigo, nessas conversas de celular e redes sociais, nesse caso. Exemplos: “Cê está top! Que make, hein?! Lacrou!!!!!!” 8. As frases a seguir foram retiradas do texto e estão na linguagem informal. Tente reescrevê-las
de forma que fiquem na linguagem formal.
(Registre
as atividades no seu caderno de Língua Portuguesa.) a)
— Mãe, taqui seus
chocolates! b)
— Fique não, querido. Vamos fazer
uma coisa. Dê esse pacote tão lindo pra sua namorada. c)
A senhora quer ter uma nora de
barrigona estufada de tanto comer chocolate, só pra ter o gosto de mostrar que
a sogra dela é mais leve que manequim!
|
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