LÍNGUA
PORTUGUESA 22ª Semana
Ano/Etapa:
9º Ano – Anos
Finais
Componente
Curricular: Língua
Portuguesa
Habilidades:
(EF69LP48) ; (EF69LP55)
Prática de Linguagem:
·
Prática de leitura do gênero poema
explorando os recursos expressivos sonoros apontados na habilidade.
·
Variação linguística.
Aula 1
Variedades linguísticas
É por meio da língua que o homem expressa suas ideias,
as ideias de sua geração, as ideias da comunidade a que pertence, as ideias de
seu tempo. A todo instante, utiliza-a de acordo com uma tradição que lhe foi
transmitida e contribui para sua renovação e constante transformação. Cada
falante é, a um tempo, usuário e agente modificador de sua língua, nela
imprimindo marcas geradas pelas novas situações com que se depara. Nesse
sentido, pode-se afirmar que na língua projeta-se a cultura de um povo,
compreendendo-se cultura no seu sentido mais amplo, o conjunto dos padrões de
comportamento, das crenças, das instituições e de outros valores espirituais e
materiais e características de uma sociedade transmitidos coletivamente.
Ao falar, um indivíduo transmite, além da mensagem
contida em seu discurso, uma série de dados que permite a um interlocutor identificar
o grupo a que pertence.
A entonação, a pronúncia, a escolha vocabular, a
preferência por determinadas construções frasais, os mecanismos morfológicos
podem servir de índices que identifiquem:
·
o país ou
a região de que se origina;
·
grupo
social de que faz parte (o seu grau de instrução, a sua faixa etária, o seu
nível socioeconômico, a sua atividade profissional);
·
a
situação (formal ou informal) em que se encontra.
As diferentes maneiras de se “usar” uma língua gera
uma grande variedade linguística.
Se alguém afirmasse “Esses gajos que estão a
esperar o elétrico são uns gandulos”, não se hesitaria em classificá-lo como
falante de Língua Portuguesa, em sua variante lusa.
Se por outro lado ouvisse “Se abanquem, se
abanquem, tchê!”, ficaria claro que se tratava de um falante de Língua
Portuguesa, em sua variante brasileira, natural do Sul do país.
O Brasil,
em decorrência do processo de povoamento e colonização a que foi submetido e
devido à sua grande extensão, apresenta grandes contrastes regionais e sociais,
estes últimos perceptíveis mesmo em grandes centros urbanos, em cuja periferia
se concentram comunidades mantidas à margem do progresso.
Um retrato fiel, atual, de nosso país teria de
colocar lado a lado: executivos de grandes empresas; técnicos que manipulam,
com desenvoltura, o computador; operários de pequenas, médias e grandes
indústrias; vaqueiros isolados em latifúndios; cortadores de cana; pescadores;
plantadores de mandioca em humildes roças ; pompeiros que comercializam pelo
sertão; indígenas.
Nos grandes centros urbanos, as variantes linguísticas
geram entre os falantes o preconceito linguístico, e muitas pessoas são
discriminadas por sua forma de falar. No entanto, alguns escritores aproveitaram
este fato para caracterizar as personagens que criaram, pois perceberam a
riqueza presente nas variantes regionais. Jorge Amado e Graciliano Ramos
enriqueceram a literatura brasileira com personagens marcantes como Pedro Bala,
Gabriela e Alexandre.
Desvincular o falante de seus costumes e caracteres
linguísticos é afastá-lo de sua essência e autenticidade.
Leia
atentamente o texto seguinte e, depois, responda às questões.
Seu dotô, que é da
cidade
Tem diproma e
posição
E estudou derne minino
Sem perdê uma
lição,
Conhece o nome dos
rios,
Que corre inriba
do chão,
Sabe o nome de
estrela
Que forma
constelação,
Conhece todas as
coisa
Da historia da
criação
E agora qué i na
Lua
Causando
admiração,
Vou fazê uma
pergunta,
Me preste bem
atenção:
Pruque não quis
aprendê
As coisa do meu
sertão?
Por favô, não
negue não
Quero que o sinhô
me diga
Pruquê não quis o
roçado
Onde se sofre de
fadiga,
Pisando inriba do
toco,
Lacraia, cobra e
formiga,
Cocerento de
friêra,
Incalombado de
urtiga,
Muntas vez inté
duente,
Sofrendo dô de
barriga,
Mas o jeito é
trabaiá
Que a necessidade
obriga.
(...)
(Patativa
do Assaré)
derne: forma regional,
equivalente a desde.
inriba: forma regional,
equivalente a em cima, sobre.
incalombado: cheio de
calombos.
01. Como você acha que
é o sertanejo do poema de Patativa do Assaré?
02. Você conhece
alguém que fale do mesmo modo que o sertanejo? De que região do Brasil é essa
pessoa?
03. Como você imagina
que é o "dotô" a quem o sertanejo dirige a palavra?
04. Quem fala
"mais correto" o sertanejo ou o doutor? Justifique a sua resposta.
05. No Brasil existem
contrastes tão grandes como o "dotô" e o sertanejo "coerento de
frieira". Esse contraste é facilmente notado na maneira de falar dessas
pessoas?
LÍNGUA
Esta língua,é como
um elástico que espicharam pelo mundo
No inicio era
tensa,
de tão clássica.
com o tempo, se
foi amaciando,
foi se tornando
romântica,
incorporando os
termos nativos
e amolecendo nas
folhas de bananeira
as expressões mais
sisudas.
Um elástico que já
não se pode
mais trocar, de
tão gasto;
nem se arrebenta
mais, de tão forte.
Um elástico assim
como ponto de partida.
(Gilberto
Mendonça Teles)
06. Por que o poeta
compara a língua portuguesa como um elástico?
07. O que Gilberto
Mendonça Teles quis dizer com “... era tensa...se foi amaciando...”?
Aula 2
Objetivas:
01. O humor da tira é
determinado pelo excesso de:
a)
formalidade.
b)
informalidade.
c)
linguagem
padrão.
d)
jargão
técnico.
e)
linguagem
erudita.
02. Texto:
“Quem
sai aos seus não degenera.”
De acordo com o ditado popular:
a)
Deixar
os conhecidos não implica esquecê-los.
b)
Sair
da casa da família determina saudade constante.
c)
Quem
segue os pais, não se perde na vida.
d)
Quem
segue o caminho dos antepassados, não se arruína.
e)
Quem
caminha com os parentes, não se extravia.
03. Texto:
A China não é vizinha
Em matéria de comida asiática, é preciso
alargar o horizonte
A cozinha chinesa cria sobre a escassez.
Ingredientes bons mas esparsos, ou abundantes mas pobres, precisam render e
ficar saborosos. Daí molhos, combinações diferentes, temperos ousados e várias
técnicas de cocção. (...)
Armando
Coelho Borges – VejaSP, 10 de maio de 2000
No contexto, a
palavra “cocção” seria adequadamente substituída por:
a)
cozinha
b)
culinária
c)
facção
d)
cozimento
e)
misturas
04. Texto:
Novos
jornalísticos (sic) no Canal 21
Os
repórteres-abelha estão de volta à TV, no Canal 21, em SPDigital, que estréia
na segunda, na forma de boletins de 1 minuto. Seis repórteres-cinegrafistas,
munidos de câmera digital que pesa menos de 2 quilos, vão fazer reportagens e
utilizar computadores portáteis e softwares para editar."
O
Estado de S.Paulo.
D4 02/08/2000
O termo metafórico empregado no texto par
nomear os novos jornalistas está identificado corretamente em:
a)
repórteres-cinegrafistas
b)
repórteres-abelha
c)
novos
jornalísticos
d)
SPDigital
e)
computadores
portáteis e softwares para editar
05. Texto:
Que boa ideia
Empresa americana
usa jatos
Que só têm
primeira classe
Uma pequena
companhia aérea americana abriu as portas no mês passado com uma novidade que
está despertando a curiosidade dos passageiros e intrigando as empresas
concorrentes.
Na nova empresa,
Legend Airlines, com sede em Dallas, os aviões só têm primeira classe. Todos os
passageiros que embarcam em seus vôos viajam em poltronas de couro de 75
centímetros de largura, tomam champanhe francês a bordo e assistem à TV por
assinatura em monitores individuais. Tudo pela tarifa econômica. (...)
Num mercado em que
as companhias estão na pindaíba no mundo todo, a experiência da Legend Airlines
vem sendo acompanhada com lupa, pois pode apontar um caminho de sobrevivência para
o setor. (...)
Veja. 10 de maio de
2000
Considerando a variedade linguística que
prevalece no texto, é correto afirmar que a expressão proveniente de variedade
diversa é:
a)
“a
bordo”
b)
“champanhe
francês”
c)
“assistem
à TV”
d)
“estão
na pindaíba”
e)
“Tudo
pela tarifa econômica”
Gabarito
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