09 novembro, 2020

9º ANO LÍNGUA PORTUGUESA 23ª SEMANA - PROF. LEONARDO

 

 

 Projeto Professores e Alunos Conectados

 

9º ANO – ANOS FINAIS

LÍNGUA PORTUGUESA – SEMANA (09 a 13) DE NOVEMBRO

ANO/SEGMENTO: 9º Ano/ Anos Finais

COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa

CAMPO DE ATUAÇÃO: Artístico-literário / Jornalístico-midiático.

OBJETOS DE CONHECIMENTO: Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção, Apreciação e réplica.

HABILIDADES:  (EF69LP44);  (EF69LP49); (EF89LP33)

GÊNERO TEXTUAL: Romance ou conto.

 

 

Aula 1

TESEU CONTRA O MINOTAURO

 

TEXTO I

 

Viemos aqui para morrer, não para sermos desonrados!

— Quem é você, que ousa me fazer advertências? — gritou Minos. — Está esquecendo que sou rei da poderosa Creta? E se isso não bastar, fique sabendo que sou filho de Zeus, pois parece que você não sabe!

Em seguida olhou o céu, ergueu os braços para o alto e gritou:

— Zeus, meu pai, por favor, mostre quem eu sou!

E então, imediatamente, um raio brilhou no céu sem nuvens, sinal de que Zeus reconhecia seu filho.

Teseu ficou surpreso, mas nem naquela hora perdeu sua coragem:

— Se isso tem tanta importância — disse — então eu devo dizer que também sou filho de Possêidon!

 Minos não acreditou nele:

— Se você é filho de Possêidon, então poderá me trazer isto aqui de volta!

E tirou seu anel, lançando-o em seguida, com força, bem longe, no meio do mar profundo. Imediatamente, Teseu, dando um mergulho, desapareceu nas águas profundas. Passou-se um bom tempo sem que ele reaparecesse. Todos diziam que ele devia ter se afogado, e Minos acrescentou:

— Que pena! O Minotauro vai comer um a menos!

Porém Ariadne, a filha de Minos, que também estava entre os presentes, encobriu o rosto e secretamente enxugou suas lágrimas. Prestara atenção em Teseu desde o primeiro momento, e a ousadia dele a havia comovido. De imediato, um forte amor se aninhou dentro dela enquanto uma flecha de Eros, o filho alado da deusa Afrodite, trespassava-lhe o coração. Dessa maneira, agora estava sofrendo com a dor pelo desaparecimento do brilhante e valoroso jovem.

Teseu, contudo, não estava perdido. Assim que mergulhou na água, golfinhos o apanharam e o conduziram sem demora até o palácio do deus do mar, Possêidon, o Abalador da Terra, irmão de Zeus e nada inferior em força ao deus que detém os raios em suas mãos.

Em um trono majestoso, que parecia uma imensa concha, sentava-se o deus que governava as ondas. Ao seu lado estava a belíssima Anfitrite, esposa do eminente deus. Perto deles encontravam-se Triton e muitas outras divindades marinhas.

Possêidon recebeu Teseu com alegria e, assim que ouviu o porquê de ele ter descido ao seu reino aquático, ordenou a Triton que corresse para trazer o anel. O deus marinho não demorou a voltar, juntamente com uma multidão de Nereidas. Uma delas trazia o anel e o entregou a Teseu. Imediatamente então, Anfitrite colocou sobre os cabelos dele uma coroa de ouro e Possêidon, que percebera que Teseu não devia se demorar mais, ordenou a Triton e às Nereidas que o conduzissem à praia.

Teseu saiu do mar no momento em que todos se preparavam para ir embora. De repente, alguém gritou:

— Teseu! Teseu voltou!

Ao vê-lo, Minos não ousava crer em seus próprios olhos! Além de Teseu não ter se afogado, usava ainda uma coroa na cabeça, toda de folhas de ouro! Mas o rei de Creta ficou ainda mais surpreso

quando se aproximou e recebeu dele o anel que havia lançado ao mar. Percebera agora que Teseu não era um mortal comum, e teve medo dele. Por isso, disse ao seu séquito:

— Esse deve ser o primeiro a ser comido pelo Minotauro! Escutando as palavras de seu pai, Ariadne ficou mortificada.

Tinha pena de todos os rapazes e moças, mas ouvir tais palavras sobre Teseu era como se um punhal lhe atravessasse o coração.

[...]

(Menelaos Stephanides. Teseu, Perseu e outros mitos. São Paulo: Odysseus, 2000. p. 97-100.)

 

Caixa de Texto: Então Ariadne, decidida a intervir na sorte de Teseu, foi falar com Dédalo, o arquiteto que construíra o labirinto, em busca de ajuda para Teseu. Dédalo, que admirava o heroísmo e a coragem de Teseu e acreditava na capacidade dele de matar o Minotauro, já havia pensado em uma forma de Teseu voltar a salvo do labirinto: ele deveria levar consigo um novelo de linha. 

 

 

 

 

 

 


TEXTO II

 

C

om o novelo escondido debaixo do braço, Ariadne correu para encontrar Teseu.

— Sou filha de Minos — disse-lhe. — Meu nome é Ariadne e, por mais estranho que possa lhe parecer, não quero que você pereça. Preferiria morrer, se você morresse! Teseu ficou surpreso. Lembrou-se, contudo, de que havia pedido a ajuda de Afrodite e compreendeu prontamente. Olhou Ariadne. Era belíssima, como uma deusa. Admirou a coragem dela, ficou maravilhado com sua beleza e também se apaixonou por ela de imediato.

— Não vim aqui para morrer — respondeu — e sim para matar o Minotauro!

— Isso ninguém pode — disse Ariadne. — E no entanto algo me diz que você conseguirá... Mas de qualquer maneira não poderá ver de novo a luz do sol, porque quem entra no Labirinto não consegue encontrar a saída. Foi por isso que vim vê-lo. Tome este novelo. Quando entrar no Labirinto, amarre a ponta do fio junto à entrada e siga em frente, desenrolando-o. É a única maneira de você não se perder. Na volta, enrolando de novo o fio, encontrará a porta. Quero apenas que depois disso você não me deixe em Creta, pois meu pai poderia até mesmo me matar!

[...]

O herói ficou entusiasmado. — Obrigado, grande deusa! disse quando se viu sozinho. E pela manhã, quando o colocaram no Labirinto, amarrou o fio na entrada, conforme Ariadne lhe havia dito, e prosseguiu, desenrolando o novelo. O caminho dentro do Labirinto era interminável e inimaginavelmente confuso. Ora ia por lá, ora por aqui, ora voltava para trás, depois de novo para frente, e pela direita, pela esquerda, para cima e para baixo... E assim Teseu caminhou por muito tempo até que, de repente, onde menos esperava, viu o Minotauro diante de si! A luta com a fera imediatamente teve início. O terrível monstro investia com os chifres contra Teseu. O jovem herói, porém, muito ágil, foi para o canto para se proteger, golpeando-o no flanco com a espada. Porém o golpe pouco dano causou ao Minotauro, que investia mais e mais. Mas sempre Teseu conseguia desviar-se das investidas da fera; e assim, não sofreu nada.

Até que, num dado momento, a fera, visivelmente extenuada, quis tomar fôlego. Teseu, então, não perdeu a oportunidade. Imediatamente a agarrou pelos chifres e com uma força inacreditável atirou-a no chão e enfiou depressa a espada em seu peito. E esse foi o seu fim! Não seriam mais necessárias outras vítimas para o monstro do Labirinto!

O herói olhou o cadáver do Minotauro, enxugou o suor da testa e pensou — Agora só me resta encontrar a saída. E começou a sair, enrolando de novo o fio do novelo. E felizmente ele tinha aquele novelo, porque, ao passo que algo lhe dizia que devia seguir por um lado, o fio o conduzia por outro. E quando novamente achava que determinado caminho era o certo, o fio seguia por outro. Perplexo, Teseu não podia entender por que o fio o conduzia por entre passagens tão inacreditáveis, até que, certa hora, viu de repente a saída diante de si.

— Se não tivesse esta linha, estaria perdido — disse. — Ariadne me salvou!

E eis que a linda moça o esperava na saída. Estava sozinha. Felizmente, Minos não havia se preocupado em colocar sentinelas, pois pensava ser totalmente dispensável. Chorando de alegria, a filha de Minos caiu nos braços de Teseu. E este não tinha palavras para agradecer-lhe. Apenas lhe entregou o novelo, o “fio de Ariadne”, como ficou conhecido desde então.

[...]

(Idem, p. 103-5.)

Afrodite: a deusa do amor, também conhecida como Vênus.

apreensivo: preocupado, receoso.

extenuado: cansado, enfraquecido.

flanco: um dos lados do corpo.

mortificada: atormentada, muito preocupada.

Nereidas: na mitologia grega, ninfas marinhas filhas de Nereu.

Possêidon: o deus do mar, também conhecido como Netuno, responsável pelos

terremotos, motivo pelo qual é chamado de o Abalador da Terra.

perecer: morrer.

séquito: conjunto de pessoas que acompanham outra(s).

trespassar: atravessar, furar.

Zeus: o pai dos deuses e dos homens, também conhecido como Júpiter ou Jove.

Procure no dicionário outras palavras que você desconheça.


COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO

 

01. As ações e atitudes de Teseu demonstram que ele é diferente dos homens comuns. Que fatos ocorridos no encontro entre Teseu e Minos comprovam essa afirmação?

 

02. Leia o boxe abaixo, que fala da origem de Teseu.

 

a)  Que informação do boxe explica por que Teseu é tão bem recebido por Possêidon?

b)  Qual é, então, a razão de Teseu ser tão diferente dos homens comuns?

 

03. Nas religiões cristã, judaica e muçulmana, Deus é considerado um ser que está acima dos homens e não se mistura com eles nem se envolve diretamente em seus problemas. Observe o comporta-mento dos deuses da mitologia grega citados no texto: Possêidon, Afrodite, Eros e Zeus. Esses deuses gregos têm comportamento semelhante ao que tem o Deus das religiões cristã, judaica e muçulmana? Justifique sua resposta com exemplos do texto.

 

04. Ariadne se apaixona por Teseu ao conhecê-lo.

a)  Que qualidade de Teseu atraiu a atenção de Ariadne?

 

b)  Por que os sentimentos de Ariadne a colocam numa situação difícil?

 

05. Teseu, vendo-se em dificuldades, pede ajuda à deusa Afrodite. De fato, ele é ajudado, e a ajuda vem por meio de Ariadne, que lhe dá o novelo de linha. Porém, essa ajuda tem uma conseqüência.

a)  Qual é a consequência da ajuda providenciada por Afrodite?

 

b)  Que qualidades de Ariadne chamaram a atenção do herói?

 

06. Vencer o Minotauro era uma tarefa impossível para um homem comum. Nem mesmo os golpes de espada de Teseu faziam o monstro se abalar. Entretanto, não podendo vencê-lo pela força, o herói usou uma técnica que o levou à vitória.

a)  Qual foi essa técnica?

 

b)  Veja este conjunto de qualidades que os heróis geralmente apresentam:

Valentia            honra       força    astúcia             liderança

 

 
 

 

 


A técnica utilizada por Teseu é exemplo de qual dessas qualidades?

 

c)  As demais qualidades também se aplicam a Teseu? Justifique.

 

07. Releia este trecho do texto em estudo, observando a palavra destacada:

 

“De imediato, um forte amor se aninhou dentro dela enquanto uma flecha de Eros [...] trespassava-lhe o coração.”

 

Que palavras poderiam substituir aninhou, nesse contexto?

 

08. Compare estes dois enunciados:

“trespassava-lhe o coração” beijava-lhe as mãos com carinho

 

Nesses enunciados, o pronome oblíquo lhe tem valor de um pronome possessivo. Que pronomes pos-sessivos poderiam substituir o pronome oblíquo nos enunciados?

 

 

Aula 2

ATIVIDADE VIII

Caro aluno, além da pontuação, outros recursos podem ser explorados no texto para a construção de seu sentido. O uso, por exemplo, de recursos morfossintáticos, como uma palavra no diminutivo, pode indicar desprezo, ironia ou até mesmo, carinho. Observe uma frase simples, como “Ele é um homenzinho desprezível” e procure identificar com qual propósito o diminutivo foi utilizado nesse contexto. Será que o homem realmente era pequeno ou a intenção era realçar o quanto ele era desprezível? Além disso, alguns textos, principalmente os literários, utilizam recursos estilísticos que os enriquecem e os tornam mais sugestivos, como, por exemplo, as figuras de linguagem, tais como a onomatopeia, aliteração, assíndeto e polissíndeto. Para ficar mais claro, observe a questão que se segue.

Leia o texto a seguir.

O mágico errado

Arquibaldo era um mágico. Exatamente. Um homem capaz de realizar maravilhas. Ou de maravilhar outras pessoas, se preferir. Mas havia um probleminha. E probleminha é modo de dizer, porque ele achava um problemão. Arquibaldo era um mágico diferente. Um mágico às avessas, sei lá como dizer.

Esse era o problema de Arquibaldo. Ele não sabia. Não conseguia, por mais que se concentrasse. Ele tirava bichos da cartola e do lenço. Era capaz de passar o dia inteirinho tirando bichos. Mas, se falasse: ―Vou tirar..." Pronto! Tirava tudo que era bicho, menos o bicho anunciado. Por isso, andava tristonho da vida.

Arquibaldo recordava-se dos espetáculos no circo. Embora preferisse nem lembrar. O apresentador apresentava com ar solene e voz emocionada. — E agora, com vocês, Ar-qui-bal-do, o maior mágico do mundo!

GALDINO, Luiz. O mágico errado. São Paulo: FTD, 1996. Adaptado. Fonte: SARESP, 2010.


01 No trecho “―E agora, com vocês, Ar-qui-bal-do, o maior mágico do mundo!”, a palavra destacada foi escrita dessa forma para

a) explicar a pronúncia correta do nome do mágico.

b) imitar a forma como o apresentador apresentou o mágico.

c) indicar o perigo da mágica para os espectadores.

d) reforçar a importância do mágico para o espetáculo.



2. Pode-se afirmar que o poeta fez uso das palavras para compor o formato

a) da gravata, que enfeita o civilizado e dá nome ao poema.

b) de uma forca, simbolizando a agonia do homem civilizado.

c) de uma rosa, citada no poema como enfeite do homem moderno.

d) de um homem, sufocado pela pressão da sociedade atual.

 



3. A fala do homem no último quadrinho “T-TREMER P-PODE!” indica que a voz dele está

a) alta, para chamar a atenção da menina.

b) baixa, por conta do cansaço físico.

c) falhando, devido ao esforço exagerado.

d) trêmula, devido ao exercício intenso.

 



4. De acordo com o texto, Frankenstein teve problemas ao tentar tirar a carteira de identidade porque ele

a) era uma mistura de várias pessoas.

b) morava em um condomínio.

c) preferia ser conhecido por outro nome.

d) queria ter um sobrenome diferente.

5. No verso “Como vocês sabem”, a palavra “vocês” se referem a quem?

a) Ao autor do texto.

b) Ao leitor do texto.

c) Ao personagem.

d) Ao dono do apartamento.

6. Quem resolveu o problema da identidade da personagem? ___________________________________________________________________________ 6. Por qual motivo Frankenstein recebeu o sobrenome “Condomínio”? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________



7. De acordo com o texto, a mãe teve que trabalhar como assessora de imprensa, pois

a) a filha implicava bastante com o irmão quando estavam sozinhos.

b) ela precisava de mais dinheiro para sustentar os dois filhos.

c) o filho era chorão e não a deixava trabalhar fora de casa.

d) o filho exigia demais da mãe e não se dava bem com a irmã.

8. Quais são as características de

a) Maria de Lourdes? ___________________________________________________________________________

b) Mário Márcio? ___________________________________________________________________________

9. Por qual motivo o menino cansa tanto a sua mãe? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10. A mãe se demonstra satisfeita com as situações narradas? Por quê? _________________________________________________________________________

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