26 outubro, 2020

8º ANOS - LÍNGUA PORTUGUESA - ATIVIDADES COMPLEMENTARES - 21ª SEMANA - (A/B/C/D)

LÍNGUA PORTUGUESA -  8º ANOS - ANOS FINAIS


PROJETO DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES - 2020


Caro aluno, a narração é um tipo textual que pode estar presente em diversos gêneros que circulam na sociedade. O objetivo de todo texto narrativo está no relato de fatos ocorridos em determinado tempo e espaço, com a participação de personagens e de um narrador que desenvolva essa contação, seja ela verídica e/ou ficcional. Entre os elementos que compõem uma narrativa temos ainda o conflito gerador que é o fato que motivou a narrativa, ou seja, algo importante o bastante para fazer com que a história se desenvolva. Para que se torne mais claro, observe a questão a seguir.

Leia o texto.

 

O que dizem as camisetas

Apareceram tantas camisetas com inscrições, que a gente estranha ao deparar com uma que não tem nada escrito.

Que é que ele está anunciando? – indagou o cabo eleitoral, apreensivo. – Será que faz propaganda do voto em branco? Devia ser proibido!

O cidadão é livre de usar a camiseta que quiser – ponderou um senhor moderado.

Em tempo de eleição, nunca – retrucou o outro. – Ou o cidadão manifesta sua preferência política ou é um sabotador do processo de abertura democrática.

O voto é secreto.

É secreto, mas a camiseta não é, muito pelo contrário. Ainda há gente neste país que não assume a sua responsabilidade cívica, se esconde feito avestruz e...

Ah, pelo que vejo o amigo não aprova as pessoas que gostam de usar uma camiseta limpinha, sem inscrição, na cor natural em que saiu da fábrica. (...).

DRUMMOND, Carlos. Moça deitada na grama. Rio de Janeiro: Record, 1987, p. 38-40. Adaptado.

 1. O conflito em torno do qual se desenvolveu a narrativa foi o fato de

 a)    alguém aparecer com uma camiseta sem nenhuma inscrição.

 b)    muitas pessoas não assumirem sua responsabilidade cívica.

 c)    um senhor comentar que o cidadão goza de total liberdade.

 d) alguém comentar que a camiseta, ao contrário do voto, não é secreta.


Leia o texto a seguir.

 

A velha contrabandista

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou-a parar.

A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo e respondeu:

É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas às vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha. Juro – respondeu o fiscal.

É lambreta.

Stanislaw Ponte Preta.

 2.  O fato que deu início a esta narrativa

 

a)    a velhinha confirmar ao fiscal que o que ela contrabandeava era a lambreta.

b)    a velhinha passar todo dia pela fronteira carregando um saco na lambreta.

c)    o fiscal, desconfiado, mandar a velhinha parar para saber o que havia no saco.

d)    o fiscal esvaziar o saco e confirmar que a velhinha só carregava areia.


Leia o texto.

 

Visita

Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?

Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o banheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem, contudo, afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.

Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?

Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça isso com o coitado!”. “Coitado nada, esse bicho deve causar doença”. Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.

GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. Para gostar de ler, 31. São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89

 

 3.  O fato que marca o início dessa história é o autor

 a)    encontrar um inseto em sua mesa de trabalho.

 b)    evitar que o servente matasse o mosquito.

 c)    lembrar das brincadeiras de sua infância.

 d)    levar o inseto até o banheiro para dar-lhe água.


Caro aluno, os sinais de pontuação são marcações gráficas utilizadas para compor a coesão e a coerência textual. São recursos característicos da língua escrita que auxiliam, por exemplo, a dar sentido às frases, a definir a entonação de leitura, a destacar palavras, expressões e orações, desfazer possíveis ambiguidades e, até mesmo, a transmitir sentimentos. A pontuação funciona como uma espécie de sinalização, guiando e organizando o texto a ser lido. Entre os sinais de pontuação mais utilizados estão o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ) e o travessão (—). Além dos sinais de pontuação, existem outros recursos que possibilitam uma leitura que transborda o texto e auxilia o leitor na construção de novos significados. Nessa perspectiva, o conhecimento de diferentes gêneros textuais proporciona ao leitor o desenvolvimento de estratégias de antecipação de informações que o levam à construção de sentidos. Em alguns gêneros textuais, principalmente os multimodais, ou seja, que aliam linguagem verbal e não verbal, como a charge, os quadrinhos e a propaganda, são utilizados diversos recursos expressivos, como caixa alta (geralmente utilizada para sinalizar que um personagem está falando muito alto), negrito, itálico, sublinhado, entre outros. O gênero poema também lança mão desses recursos, o que exige uma leitura atenta e sensível para que sejam percebidos os efeitos de sentido subjacentes ao texto. É importante salientar que tanto os sinais de pontuação quanto os recursos expressivos podem expressar sentidos diversos. O ponto de exclamação, por exemplo, nem sempre indica surpresa; um tamanho maior de fonte pode indicar algo além de uma fala em destaque. É preciso estar atento à maneira como esses elementos constroem a significação na situação comunicativa na qual estão inseridos. Para ficar mais claro, observe a questão que segue.


Leia o texto.

 

Feias, sujas e imbatíveis

 

As baratas estão na Terra há mais de 200 milhões de anos, sobrevivem tanto no deserto como nos pólos e podem ficar até 30 dias sem comer. Vai encarar?

Férias, sol e praia são alguns dos bons motivos para comemorar a chegada do verão e achar que essa é a melhor estação do ano. E realmente seria, se não fosse por um único detalhe: as baratas. Assim como nós, elas também ficam bem animadas com o calor. Aproveitam a aceleração de seus processos bioquímicos para se reproduzirem mais rápido e, claro, para passearem livremente por todos os cômodos de nossas casas.

Nessa época do ano, as chances de dar de cara com a visitante indesejada, ao acordar durante a noite para beber água ou ir ao banheiro, são três vezes maiores.

Revista Galileu. Rio de Janeiro: Globo, Nº 151, Fev. 2004, p.26. Fragmento.

 

 

 

 4. No trecho “Vai encarar?”, o ponto de interrogação tem o efeito de

 a)   apresentar.

 b)   avisar.

 c)    desafiar.

 d)   questionar.


Leia o texto a seguir.


Quadrilha da Sujeira


João joga um palitinho de sorvete na rua de Teresa que joga uma latinha de refrigerante na rua de Raimundo que joga um saquinho plástico na rua de Joaquim que joga uma garrafinha velha na rua de Lili.

Lili joga um pedacinho de isopor na rua de João  que     joga uma embalagenzinha de não sei o quê na rua de Teresa que joga um lencinho de papel na rua de Raimundo que joga uma tampinha de refrigerante na rua de Joaquim que joga um papelzinho de bala na rua de J. Pinto Fernandes que ainda nem tinha entrado na história.


5. No texto Quadrilha da sujeira, ao usar o diminutivo em todos os objetos que foram jogados fora, o autor quis mostrar

a)    a falsa insignificância desses objetos quando são jogados na natureza.

b)    que as pessoas podem querer justificar sua ação em função do tamanho.

c)    o grande prejuízo ao se juntarem todos os pequenos objetos.

d)    a poluição ambiental causada pelos pequenos objetos.


Leia o texto abaixo.

 

Essa Velhinha

Desculpe entrar assim sem pedir licença... Doença!

Não,... quem está doente? Mas quem está doente?

Não – Sorriu o homem -, a senhora entendeu errado. Resfriado?

Ora... quer dizer... bem, eu estava lá fora e ... Xi! Catapora?

Senhora, por favor não confunda...

Caxumba!!! Cuidado, menino, isso é perigoso... Sabe, sei fazer um chazinho muito bom pra caxumba.

(Profa. Claudete)

 

6.  Os pontos de exclamação em Caxumba!!! indicam

a)    entusiasmo.

b)    dor.

c)    espanto.

d) tristeza.



Caro aluno, sempre que nos comunicamos, seja através de textos escritos ou de textos orais, há sempre uma intenção que acompanha os textos que produzimos, mesmo quando a conversa é boba e sem sentido ou quando a piada é despretensiosa. Afinal, somente intencionamos falar ou escrever algo mediante um propósito, ou seja, todo texto é produzido com um objetivo. Dessa forma, para termos uma compreensão adequada do texto, é importante reconhecermos as intenções do autor, reconhecendo a finalidade para qual aquele texto foi produzido. Há inúmeras possibilidades que o usuário da língua possui para se comunicar através dos incontáveis textos presentes na sociedade, os quais denominamos de gêneros textuais. Além do propósito comunicativo, esses gêneros são produzidos a partir de um contexto social, cultural e histórico específico que determinará suas características e seu público-alvo. Todas essas informações são essenciais para que o leitor possa fazer uma interpretação adequada do texto. Para que se torne mais claro, observe a questão a seguir.

Leia o texto.




7.  O texto acima é um cartaz que tem como principal propósito comunicativo

 

a)   conscientizar a vítima de bullying a denunciar.

b)   discutir as principais causas do bullying.

c)    ensinar as vítimas de bullying maneiras de autodefesa.

d)   informar sobre os diversos tipos de bullying.


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