Ano/Etapa: EJA – Ensino de Jovens e Adultos
Componente Curricular: Língua Portuguesa
Período: 24ª Semana
Escola: EEF Dalva Pontes da Rocha
Prof.ª: Mariane Frota
Objeto do conhecimento: Relação entre textos, Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção, Apreciação e réplica.
Aluno (a):
Habilidade: (EF67LP28 (EF69LP44)
Leia o texto abaixo e, em seguida, responda o que se pede.
A Pequena Vendedora de Fósforos | Hans Christian Andersen | 1848 – Parte 01
Era véspera de ano-novo. Já estava
escurecendo e fazia um frio intenso com a neve
caindo. Mas a despeito de todo o frio, e da neve, e da noite que caía rapidamente, via-se uma menininha
descalça e de cabeça descoberta. Bem, é verdade que estava usando chinelos
quando saíra de casa, mas os chinelos eram muito grandes, pois eram os que a mãe usava, e escaparam-lhe dos pezinhos gelados
quando atravessou correndo pela rua para fugir de duas carruagens que vinham em disparada. Não foi possível
achar um deles, pois o outro
fora apanhado por um rapazinho
que saiu correndo, gritando que aquilo
ia servir de berço aos seus filhos quando os
tivesse.
Achou um canto, formado pela saliência de uma casa, e
acocorou-se ali, com os pés encolhidos para abrigá-los ao calor do corpo, mas
cada vez sentia mais e mais frio. Não se animava a voltar para casa, porque não
tinha vendido uma única caixinha de fósforos e não ganhara sequer um níquel.
Era certo que levaria uma sova do pai por nada
ter vendido e em sua casa era quase tão frio quanto
ali, pois só tinham o teto para proteção e ainda assim o vento
entrava uivando, apesar dos trapos e das palhas com que lhe tinham tapado as
enormes frestas.
O frio era tanto que as mãozinhas estavam gélidas, endurecendo
de frio. Quem sabe se acendesse um fósforo ajudasse a aquecer. Pelo menos se
animava a tirar ao menos um da caixinha e riscá-lo na parede para acendê-lo. Puxou
um da caixinha – rrrec! Como estalou e faiscou, antes de
pegar fogo! Surgiu uma luz, bem clara, e parecia mesmo uma vela quando abrigou
o fogo com a mão. Sim, era uma vela bem esquisita aquela! Pareceu-lhe que
estava sentada diante de uma grande estufa, de pés e maçanetas de bronze
polido. Ardia nela um fogo magnífico, que espalhava suave calor. E a
meninazinha ia estendendo os pés enregelados para aquecê-los, mas apagou-se o
clarão! Sumiu-se a estufa, tão quentinha, e ali ficou ela no seu canto gelado,
com um fósforo apagado na mão. Só via a parede escura e fria. (...)
02 – Quando se passa a história? |
03 – Quem
é o personagem principal dessa
história e quais
são as suas
características? |
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04 – O que a
personagem estava fazendo naquela noite e por que não retornou à sua casa? |
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05 – A palavra
“níquel” aparece algumas vezes no texto. Pesquise no dicionário o seu
significado e registre aqui. |
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06 – Resuma: o que aconteceu
até o final da primeira parte da história?
A Pequena Vendedora de Fósforos | Hans Christian Andersen | 1848 – Parte 02
Riscou outro e àquela luz resplandecente viu-se sentada debaixo de uma linda árvore de Natal! Era muito maior e mais decorada do que aquela que vira, no Natal passado, ao espiar pela porta de vidro da casa do negociante rico. Entre os galhos, milhares de velas fulguravam, além dos cartões coloridos como os que via em vitrines e ela contemplava cada detalhe. A menininha estendeu os braços diante de tantos esplendores e, então, o fogo apagou. Todas as luzinhas da árvore de Natal foram subindo, subindo mais alto, cada vez mais alto e, de repente, ela viu que eram estrelas que cintilavam no céu. Mas uma caiu lá de cima, deixando uma risca de fogo reluzente no caminho.
— Alguém
morreu – disse a pequena vendedora de fósforos.
Sua avó, a única pessoa que a
amara no mundo e que já estava morta, lhe dizia sempre que quando vimos uma estrela
cadente no céu é um sinal de que uma alma está subindo para Deus.
Riscou mais um fósforo
na parede e desta vez foi a avó quem lhe apareceu, a sua boa avó,
sorridente e amorosa, no esplendor da luz.
—
Vovó! – gritou a pobre menina. —
Leva-me contigo, sei que quando o fósforo
se apagar vais desaparecer, como sumiram a estufa quente, o ganso assado e a
linda árvore de Natal!
E a coitadinha pôs-se a riscar na
parede todos os fósforos da caixa, para que a avó não se desvanecesse. Eles
ardiam com tamanho brilho que parecia dia e nunca ela vira a vovó tão grandiosa nem tão bela! E ela tomou a neta nos braços e juntas voaram, em um halo de luz e esplendor, mais e mais alto, longe da Terra, para um lugar onde não
há mais frio, nem fome, nem sede, nem dor, nem medo, porque elas estavam, agora,
com Deus.
Na madrugada seguinte, a menina
jazia sentada no canto entre as casas, com as faces coradas e um sorriso refrigério nos lábios. Morrera
de frio, na última noite do ano velho. O novo ano iluminou o pequenino
corpo, ainda sentado no canto, com a mãozinha cheia de fósforos queimados.
—
Sem dúvida, ela quis aquecer-se –
diziam os passantes.
Ninguém pudera imaginar que lindas visões ela tivera, nem em que glória e júbilo tinha entrado com a velha avó para a felicidade do ano-novo.
07 – Leia o seguinte trecho: “(...) Sua avó,
a única pessoa
que a amara
no mundo e que
já estava morta, lhe dizia sempre que quando vimos uma estrela cadente no céu
é um sinal de que uma alma está subindo
para Deus.” É possível afirmar que a morte
de quem estava sendo
anunciada pela estrela cadente? |
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08 Ao final da história, o que acontece com a garotinha?– Ao final
09
– Qual é o tema dessa história?
10 – O que você achou dessa
história? Escreva em poucas linhas sobre o que é esse conto e a sua opinião
sobre ele.
12 – O conto “A pequena vendedora de fósforos” foi escrito em 1848. No entanto, ele ainda é bastante atual. Por quê?
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