EJA-
Ensino De Jovens e Adultos
Componente Curricular: LÍNGUA PORTUGUESA
2ª Semana
Escola: EEF Dalva Pontes da Rocha
Profª: Mariane Frota
Objeto do conhecimento: Estratégias de leitura apreciação e réplica/ Relação entre textos.
Aluno (a):
Língua
Portuguesa
Habilidade EF67LP27 / EF67LP28
Você já ouviu falar ou já leu algum poema? Antigamente as pessoas
românticas ou que sofriam de amor escreviam poemas para expressar os
seus sentimentos. Depois de um tempo, muitos poemas acabaram se
tornando músicas de amor. Poema é uma obra literária que pertence
ao gênero da poesia, e cuja apresentação pode surgir em forma de
versos, estrofes ou prosa, com a finalidade de manifestar sentimento
e emoção. Um dos maiores objetivos dos poemas é conseguir
emocionar e sensibilizar o leitor. Abaixo
você lerá um texto muito conhecido de um dos maiores autores de
poesia do Brasil, “O bicho” de Manuel Bandeira. Vamos lá?
O poema O Bicho - Manuel Bandeira
O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do
pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma
coisa,
Não examinava nem
cheirava:
Engolia com
voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(EF67LP28) Questão 1. Agora que você leu o texto, responda algumas perguntas sobre o poema o bicho de Manuel Bandeira.
(EF67LP27) Questão 2. Você sabia que os textos podem
conversar entre si? Sim, isso é possível, e a esse fenômeno damos
o nome de intertextualidade. Todos eles resgatam referências nos
chamados textos-fonte (que são os textos que foram os primeiros a
serem escritos). Para que você entenda melhor o conceito de
intertextualidade, basta analisar a estrutura da palavra: inter um
sufixo de origem latina e faz referência à noção de relação.
Por isso, é correto afirmar que a intertextualidade refere-se às
relações entre os textos. Ainda está difícil de entender? Então
vamos lá ler dois textos que possuem intertextualidade
.
Texto I
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não
tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E
ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios
e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que
transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que
distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda
que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor,
nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor
não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não
se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se
irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com
a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor
nunca falha.
Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão;
havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em
parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o
é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como
menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que
cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora
vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora
conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três;
mas o maior destes é o Amor.
(Bíblia,
I Coríntios 13)
Texto II:
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem
querer;
É solitário andar por entre a
gente;
É nunca contentar-se de
contente;
É cuidar que se ganha em se
perder; É querer estar preso por
vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata
lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações
humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Soneto
11 de Luiz Vaz de Camões (Rimas)
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