Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia
Projeto Professores e Alunos
Conectados
Projeto Professores e Alunos Conectados 1
9º ANO – ANOS FINAIS
LÍNGUA PORTUGUESA – 2ª SEMANA
ANO/SEGMENTO: 9º Ano/ Anos Finais
COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa
UNIDADES TEMÁTICAS: Leitura / Análise linguística
e semiótica.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
I) Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do
texto;
II) Apreciação e réplica;
III) Construção composicional.
HABILIDADES: (EF69LP03), (EF89LP03) e (EF69LP16)
Aula 1
Jornalismo
Jornalismo é a atividade profissional que
consiste em lidar com notícias, dados factuais e divulgação de informações.
Também define-se o Jornalismo como a prática de coletar, redigir, editar e
publicar informações sobre eventos atuais. Jornalismo é uma atividade de Comunicação.
Ao profissional desta área dá-se o nome de jornalista. O jornalista
pode atuar em várias áreas ou veículos de imprensa, como jornais, revistas, televisão, rádio, websites, weblogs, assessorias de imprensa, entre muitos outros.
História
O mais antigo jornal que se tem notícia foi o Acta Diurna, que
surgiu por volta de 59 a.C., a partir do desejo de Júlio
Cesar de informar a população sobre fatos sociais e políticos ocorridos no
império, como campanhas militares, julgamentos e execuções. As notícias eram
colocadas em grandes placas brancas expostas em local de grande acesso ao
público. Na China, jornais escritos a mão surgiram no século VIII.
A partir da invenção de Gutemberg, em 1447, surgiram os jornais modernos,
que tiveram grande circulação entre comerciantes, para a divulgação de notícias
mercantis. Havia ainda jornais sensacionalistas escritos a mão, como o que
noticiou as atrocidades ocorridas na Transilvânia, feitas por Vlad Tsepes
Drakul, mais conhecido como Conde Drácula. Em Veneza, o governo
lançou o Notizie scritte, em 1556, ao custo de uma pequena moeda que
ficou conhecida como "gazetta".
A publicação periódica iniciou-se na Europa Ocidental a partir do século
XVII, como o Avisa Relation oder Zeitung, surgido na Alemanha em 1609. O
London Gazette, lançado em 1665, ainda mantém-se até a atualidade, agora
como publicação oficial do Judiciário. Esses jornais davam pouca atenção a
assuntos nacionais, preferindo focar-se em fatos negativos ocorridos em outros
países, como derrotas militares e escândalos envolvendo governantes. Os
assuntos locais passaram a ser mais abordados na primeira metade do século
XVII, mas a censura era uma prática comum, não sendo possível noticiar algo que
pudesse provocar insatisfação popular contra o governo. A primeira lei
protegendo a liberdade de imprensa foi aprovada na Suécia em
1766.
Com a invenção do telégrafo, em 1844, as notícias passaram a circular muito
mais rapidamente, gerando uma grande mudança no jornalismo. Em meados do século
XIX, os jornais já eram o principal veículo de transmissão das informações,
passando a surgir grandes grupos editoriais, que tinham grande capacidade de
influência.
Nos anos 1920, o surgimento do rádio novamente transformou o jornalismo, o
que voltou a acontecer a partir dos anos 1940 com o surgimento da televisão. A
partir do fim dos anos 1990, a internet trouxe volume e atualização de
informações sem precedentes.]
EDITORIAL (22/8/2009)
Futuro incerto
A guerra surda travada
entre gangues juvenis espalhadas pela Capital denota o fracasso das escassas
tentativas do poder público de combater a violência na sua face mais cruel. A
execução de um adolescente de 14 anos registrada, durante a semana, no Bairro
Jardim Iracema, demonstra como vem operando a escala descendente dos confrontos
travados entre grupos litigantes. O desfecho geralmente ocorre de forma
isolada, eliminando os mais fracos.
Os jovens, na
atualidade, especialmente os inseridos na baixa renda, não dispõem de
lideranças amadurecidas, como os religiosos, os coordenadores de programas
esportivos ou os dirigentes das próprias escolas públicas, nos quais possam se
espelhar e absorver ensinamentos, conselhos e orientações comportamentais. Não
há, igualmente, instituições públicas capazes de atraí-los com programas de
lazer, livrando-os dos riscos das drogas em profusão.
As consequências se
fazem sentir nessa disputa para saber quais grupos eliminam mais, mediante o
emprego de armas de fogo, de preferência aqueles situados abaixo dos 15 anos de
idade. Essa é a faixa juvenil mais constante, hoje, nas baixas registradas
pelos homicídios. E o mais grave: não se ouve uma só voz capaz de liderar um
amplo movimento para pôr fim a essa carnificina desenfreada.
A violência, a cada dia,
adquire contornos de grave problema nacional, para cujo combate o aparelho
estatal de segurança nem sequer conseguiu se estruturar.
Dados do 3º Anuário do
Fórum Brasileiro de Segurança Pública, agora divulgados, comprovam a desordem
nas estatísticas dos fatos policiais, impossibilitando a construção de um
perfil próximo da realidade da violência vivida especialmente nos grupos
economicamente sacrificados.
Mesmo em quantidade
precária, as informações reunidas foram capazes de comprovar, na maior parte
dos Estados, um aumento no registro de homicídios dolosos nos últimos anos. Com
estatísticas de 23 Estados, o Anuário vem comprovando o crescimento do crime em
16 deles e a redução em apenas sete.
Esse quadro contrasta
com o incremento nos gastos com a segurança pública, sem nenhuma influência na
queda da criminalidade. Durante o ano passado, o item segurança pública
consumiu R$ 39 bilhões no País.
A revelação comprova
exigir o problema a integração de outros segmentos, especialmente em relação aos
menores sob risco de delinquência, com a oferta de políticas sociais efetivas,
a permanência de maior tempo na escola e o engajamento em atividades produtivas
para os menores aprendizes. Do contrário, a escola do crime logrará êxito cada
vez mais.
Lançadas à própria
sorte, as gangues periféricas continuam a dispor das cartas. Enquanto isso, já
não há mais espaços nos estabelecimentos de ressocialização dos adolescentes
infratores, amontoados como ocorre nos presídios dos adultos, sem ocupações
produtivas, sem rendimento escolar e com um futuro incerto. A prevenção contra
a marginalidade dos grupos de menor idade precisa ser urgentemente repensada,
como não há sentido no aparelho de segurança só agir depois dos fatos
consumados. Afinal, o porte de armas é proibido, mas elas circulam livremente.
Diário do Nordeste
01.
Que tipo de guerra surda o
texto acima faz referência?
02.
Que tipo de segmento da
sociedade está inserido nesse tipo de violência retratado no texto acima? E
quais são os fatores que elevam essa violência?
03.
Por que só gasto com a
segurança pública não é a solução para o combate da violência?
04. O que o autor quis dizer com: o porte de armas é proibido, mas elas circulam livremente.?
05.
O texto tem como finalidade:
a) promover somente uma opinião.
b) convocar a população para uma tomada de consciência.
c) entreter o público.
d) persuadir o público em favor do uso de armas.
· Justifique o item marcado com uma passagem do texto.
LIBERDADE, OH, LIBERDADE
Todo mundo quer ser livre; a liberdade é o
bem mais precioso, almejado por homens e mulheres de todas as idades, e a luta
para conquistá-la começa bem cedo.
Desde os primeiros meses de idade, você só
pensa em uma coisa: fazer apenas o que quer, na hora que quer, do jeito que
quer.
Crianças de meses rejeitam a mamadeira de
três em três horas, mas choram quando têm fome — querem comer na hora que
escolherem —, e quando um pouco mais grandinhas brigam para não vestir a roupa
que a mãe escolheu. Ficam loucas para ir sozinhas para o colégio, e quando
chegam em casa além do horário previsto, ai de quem perguntar onde elas
estiveram. “Por aí” é o que respondem, quando respondem — e as mães que
enlouqueçam.
Quando adolescentes, as coisas pioram:
querem a chave do carro (e a da casa), e quando começam a sair à noite e os
pais tentam estabelecer uma hora para chegar, é guerra na certa, com as devidas
consequências: quarto trancado, onde ninguém pode entrar nem para fazer uma
arrumação básica. Naquele território ninguém entra, pois é o único do qual ele
se sente dono — e, portanto, livre. A partir dos 12 anos, o sonho de todos os
adolescentes é morar num apart — sozinhos, claro.
Mas o tempo passa, vem um namoro mais
sério, e quem ama não é — nem quer ser — livre (para que o outro também não
seja). Dá para quem está namorando sumir por três dias? Claro que não. Se for
passar o fim de semana na casa da avó que mora em outra cidade, vai ter que dar
o número do telefone
— e isso lá é liberdade? E dos celulares,
melhor nem falar.
Aí um dia você começa a achar que, para ser
livre mesmo, é preciso ser só; começa a se afastar de tudo e cancela o amor em
sua vida — entre outras coisas. Ah, que maravilha: vai aonde quer, volta na
hora em que bem entende, resolve se o almoço vai ser um sanduíche ou nada, sem
ninguém para reclamar da geladeira vazia, trocar o canal de televisão ou
reclamar porque você está fumando no quarto. Ah, viver em total liberdade é a
melhor coisa do mundo. Mas a vida não é simples, um dia você acorda pensando em
se mudar de casa; fica horas pesando os prós e contras, mas não consegue
decidir se deve ou não. Pensa em refrescar a cabeça e ir ao cinema, mas fica na
dúvida — enfrentar a fila, será que vale a pena? Vê a foto de uma modelo na
revista e tem vontade de cortar o cabelo — mas será que vai ficar bem? Acaba
não fazendo nada, e depois de tantos anos sem precisar dar satisfação da vida a
ninguém, começa a sentir uma estranha nostalgia.
Como seria bom se tivesse alguém para dizer
que é uma loucura fazer uma tatuagem; alguém que te aconselhasse a não trocar
de carro agora — pra que, se o seu está tão bom? Que mostrasse o quanto você
foi injusta com aquela amiga e precipitada quando largou o marido, o quanto foi
rude com a faxineira por uma bobagem. Que falasse coisas que iam te irritar,
desses conselhos que você iria seguir ou não, alguém
com quem você pudesse brigar, que te atormentasse o juízo às
vezes, para você poder reclamar bastante. Alguém que dissesse o que você deve
ou não fazer, o que pode e o que não pode e até mesmo te proibisse de alguma
coisa.
E que às vezes notasse suas olheiras e
falasse, de maneira firme, que você está muito magra e talvez exagerando na
dieta; alguém que percebesse que, faltando dez dias para o final do mês, você
só tem 50 reais na carteira e perguntasse se você não está precisando de alguma
coisa. E que dissesse sempre, em qualquer circunstância, “vai dar tudo certo”.
Que falta faz um pai.
(Danuza Leão. Folha
de S. Paulo, 3/3/2002.)
06.
A autora defende um
ponto de vista a respeito da importância que tem a liberdade na vida das
pessoas. Qual é esse ponto de vista e em que fases da vida o ser humano aspira
pela liberdade?
07.
De acordo com o texto,
“o sonho de todos os adolescentes é morar num apart — sozinhos, claro”.
a) Das regalias que há no lar, qual o adolescente encontraria num
apart-hotel?
b) O adolescente tem condições concretas de manter um apart-hotel
08.
Em sua trajetória de
vida, o ser humano sofre profundas mudanças. De acordo com o texto, essas
mudanças fazem com que ele deixe de valorizar a liberdade? Justifique sua
resposta.
Aula 2
Notícia
A notícia é um formato de divulgação de um acontecimento por meios,
jornalísticos. É a matéria-prima do Jornalismo, normalmente reconhecida como
algum dado ou evento socialmente relevante que merece publicação numa mídia. Fatos políticos,
sociais, econômicos, culturais, naturais e outros podem ser
notícia se afectarem indivíduos ou grupos significativos para um determinado
veículo de imprensa. Geralmente, a notícia tem conotação negativa, justamente
por ser excepcional, anormal ou de grande impacto social, como acidentes,
tragédias, guerras e golpes de estado. Notícias têm valor
jornalístico apenas quando acabaram de acontecer, ou quando não foram
noticiadas previamente por nenhum veículo. A "arte" do Jornalismo é escolher
os assuntos que mais interessam ao público e apresentá-los de modo atraente.
Nem todo texto jornalístico é noticioso, mas toda notícia é potencialmente
objeto de apuração jornalística.
Quatro fatores principais influenciam na qualidade da notícia:
1.
Novidade: a notícia deve conter informações novas, e não repetir as já conhecidas
2.
Proximidade: quanto mais próximo do leitor for o local do evento, mais interesse a
notícia gera, porque implica mais diretamente na vida do leitor
3.
Tamanho: tanto o que for muito grande quanto o que for muito pequeno atrai a
atenção do público
4.
Relevância: notícia deve ser importante, ou, pelo menos, significativa. Acontecimentos
banais, corriqueiros, geralmente não interessam ao público
Notícias chegam aos veículos de imprensa por meio de repórteres,
correspondentes, agências de notícias e assessorias de imprensa. Eventualmente, amigos e conhecidos de
jornalistas fornecem denúncias, sugestões de pauta, dicas e pistas, às vezes no
anonimato, pelo telefone ou por e-mail.
Nos EUA, é comum a figura do news-hawk (gavião-de-notícia), uma espécie de
informante-apurador contratado pelo jornal, que anda em busca de assuntos que
potencialmente possam gerar notícias.
Trabalho do jornalista
A atividade primária do Jornalismo é a observação e descrição de eventos,
conhecida como reportagem
· "O quê" - o fato ocorrido
· "Quem" - o personagem envolvido
· "Onde" - o local do fato
· "Quando" - o momento do fato
· "Porquê" - a causa do fato
· "Como" - o modo como o fato ocorreu
A essência do Jornalismo, entretanto, é a seleção e organização das
informações no produto final (jornal, revista, programa de TV etc.), chamada de
edição.
O trabalho jornalístico consiste em captação e tratamento escrito, oral, visual ou gráfico, da informação em qualquer uma
de suas formas e variedades. O trabalho é normalmente dividido em quatro etapas
distintas, cada qual com suas funções e particularidades: pauta, apuração, redação e edição.
· A pauta é a seleção dos assuntos que serão abordados. É a etapa de
escolha sobre quais indícios ou sugestões devem ser considerados para a
publicação final.
· A apuração é o processo de averiguar informação em estado bruto
(dados, nomes, números etc.). A apuração é feita com documentos e pessoas que
fornecem informações, chamadas de fontes. A interação de jornalistas com
suas fontes envolve freqüentemente questões de confidencialidade.
· A redação é o tratamento das informações apuradas em forma de texto
verbal. Pode resultar num texto para ser impresso (em jornais, revistas e
sites) ou lido em voz alta (no rádio, na TV e no cinema).
· A edição é a finalização do material redigido em produto de
comunicação, hierarquizando e coordenando o conteúdo de informações na forma
final em que será apresentado. Muitas vezes, é a edição que confere sentido
geral às informações coletadas nas etapas anteriores. No jornalismo impresso (jornais e revistas), a edição consiste em revisar e cortar textos de
acordo com o espaço de impressão pré-definido. A diagramação
é a disposição gráfica do conteúdo e faz parte da edição de impressos. No radiojornalismo,
editar significa cortar e justapor trechos sonoros junto a textos de locução, o
que no telejornalismo ganha o adicional da edição de imagens
em movimento.
Estas três mídias citadas têm limites de espaço e tempo pré-definidos para
o conteúdo, o que impõe restrições à edição. No chamado webjornalismo,
ciberjornalismo ou "jornalismo
online", estes limites teoricamente não existem.
A inexistência destes limites começa pela potencialidade da interação no
jornalismo online, o que provoca um borramento entre as fronteiras que separam
os papéis do emissor e do receptor, anunciando a figura do interagente. Esta
prática tem se difundido como "jornalismo open source", ou o
jornalismo de código aberto, onde informações são apuradas, redigidas e
publicadas pela comunidade sem a obrigação de serem submetidas às rígidas
rotinas de produção e às estruturas organizacionais das empresas de
comunicação.
De acordo com a pesquisadora Catarina Moura, da Universidade da Beira
Interior (Portugal), Jornalismo Open Source "implica, desde logo, permitir
que várias pessoas (que não apenas os jornalistas) escrevam e, sem a castração
da imparcialidade, dêem a sua opinião, impedindo assim a proliferação de um
pensamento único, como o pode ser aquele difundido pela maioria dos jornais,
cuja objectividade e imparcialidade são muitas vezes máscaras de um qualquer
ponto de vista que serve interesses mais particulares que apenas o de informar
com honestidade e isenção o público que os lê". (artigo disponível em http://www.bocc.ubi.pt)
Eu sou "normal"
Ser
radical é coisa do passado.Hoje, muda-se de tribo o tempo todo
Adélia Chagas
Se você perguntasse a um jovem dos anos 80 a que
tribo ele pertencia, as respostas seriam múltiplas. Ele poderia ser punk,
metaleiro, dark, new wave, careca, rockabilly. Um punk tratava um rockabilly
como um Montecchio a um Capuletto em Romeu e Julieta: com desdém, raiva
e sopapos. Não é à toa que os psicólogos passaram anos teorizando sobre a turma
como a "segunda família". Era em relação a ela que havia códigos de
honra. Era por ela que se combatia e brigava. A instituição da
"turma" como substituta da "família" mereceu os primeiros
estudos nos anos 50. Naquela época, ficou popular o musical West Side Story,
uma versão de Romeu e Julieta que, em vez de Montecchios e Capulettos,
opunha as tribos dos "Jets" e dos "Sharks".
Fotos Rogerio Voltan Rog Rog
Esse quadro mudou na virada para o século 21.
Pergunte a um adolescente dos dias de hoje a que tribo ele pertence. Há 99% de
chance de que ele responda: "Eu sou normal". E o que significa ser
normal? Não ter tribo? Nada disso. "Normal" é aquele que transita
livremente por diferentes turmas. O que é surfista de dia e pagodeiro de noite,
por exemplo. Ou a menina que é nerd no colégio, patricinha no shopping mas
namora um metaleiro – e freqüenta festas de rock pesado com ele. Nos anos 80,
uma patricinha (na época elas eram chamadas "burguesinhas") sofreria
gozações num reduto hardcore. Atualmente, a resistência é bem menor.
Renata Ursaia
Vive-se hoje a "era do
camaleão". Há várias explicações para o fenômeno. A primeira é que o
significado das tribos se diluiu. No começo dos anos 80, ser punk era admirar
um movimento de jovens ingleses desempregados com plataforma definida. Hoje,
dessa tendência, restaram apenas os cabelos com corte moicano e as braçadeiras
de couro. Em vez de ideologia, há acessórios. E diversão. A maior parte das
tribos, nos dias de hoje, se agrupa em torno de atividades de lazer. Que pode
ser esportivo (surfistas e skatistas), cultural (pagodeiros, roqueiros,
alternativos que gostam de MPB) ou relativo à vida noturna (clubbers e darks).
Por isso não faz sentido brigar. Por que combater
alguém que apenas se diverte de forma diferente? Melhor é ficar amigo, para
aproveitar diferentes tipos de programa. "Os adolescentes perceberam que
não faz sentido se estapear por uma identidade transitória", defende o
psicanalista e escritor italiano Contardo Calligaris. Entre os mais velhos, que
viveram tempos mais radicais, há quem veja nessa mudança constante um lado
negativo, um reflexo da superficialidade dos dias atuais. Na verdade, o
exercício da tolerância é uma conquista da geração de hoje.
01.
Explique com suas palavras o que, para a autora do texto,
é a “era do camaleão”.
02.
Observe as fotos que ilustra o artigo, responda:
a) O que essas fotos
mostram:
b) Que relação pode ser
estabelecida entre a imagem do camaleão e as diferentes imagens de jovens?
03.
A autora do artigo reproduz uma citação do psicanalista
Contardo Calligáris: “Os adolescentes perceberam que não faz sentido se
estapear por uma identidade transitória”. Explique com suas palavras o que é
ter uma “identidade transitória”.
04.
Você concorda com a opinião de que o adolescente de hoje
tem uma identidade transitória, vive na era do camaleão? explique sua opinião e
exemplifique, se possível, contando em poucas palavras uma experiência pessoal.
05.
Qual o parágrafo que apresenta a idéia defendida pela
autora, isto é, a tese? transcreva a frase desse parágrafo que expressa a tese.
06.
Transcreva do texto uma frase que represente um argumento
para defender ou sustentar esta declaração: (...) não faz sentido brigar”.
07.
“Esse quadro mudou na virada para o século 21”.
Considerando a
divisão feita na questão anterior, qual seria a função dessa frase no texto?
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