18 maio, 2020

PORTUGUÊS - 2ª SEMANA – PROF.: LEONARDO CARRÁ - 9º ANO


 


 

Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia


Projeto Professores e Alunos Conectados

 Projeto Professores e Alunos Conectados 1

 9º ANO – ANOS FINAIS
LÍNGUA PORTUGUESA – 2ª SEMANA

ANO/SEGMENTO: 9º Ano/ Anos Finais
COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa
UNIDADES TEMÁTICAS: Leitura / Análise linguística e semiótica.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
I) Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto;
II) Apreciação e réplica;
III) Construção composicional.

HABILIDADES:  (EF69LP03),  (EF89LP03) e  (EF69LP16)

Aula 1

Jornalismo


Jornalismo é a atividade profissional que consiste em lidar com notícias, dados factuais e divulgação de informações. Também define-se o Jornalismo como a prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos atuais. Jornalismo é uma atividade de Comunicação.
Ao profissional desta área dá-se o nome de jornalista. O jornalista pode atuar em várias áreas ou veículos de imprensa, como jornais, revistas, televisão, rádio, websites, weblogs, assessorias de imprensa, entre muitos outros.

 

História

O mais antigo jornal que se tem notícia foi o Acta Diurna, que surgiu por volta de 59 a.C., a partir do desejo de Júlio Cesar de informar a população sobre fatos sociais e políticos ocorridos no império, como campanhas militares, julgamentos e execuções. As notícias eram colocadas em grandes placas brancas expostas em local de grande acesso ao público. Na China, jornais escritos a mão surgiram no século VIII.
A partir da invenção de Gutemberg, em 1447, surgiram os jornais modernos, que tiveram grande circulação entre comerciantes, para a divulgação de notícias mercantis. Havia ainda jornais sensacionalistas escritos a mão, como o que noticiou as atrocidades ocorridas na Transilvânia, feitas por Vlad Tsepes Drakul, mais conhecido como Conde Drácula. Em Veneza, o governo lançou o Notizie scritte, em 1556, ao custo de uma pequena moeda que ficou conhecida como "gazetta".
A publicação periódica iniciou-se na Europa Ocidental a partir do século XVII, como o Avisa Relation oder Zeitung, surgido na Alemanha em 1609. O London Gazette, lançado em 1665, ainda mantém-se até a atualidade, agora como publicação oficial do Judiciário. Esses jornais davam pouca atenção a assuntos nacionais, preferindo focar-se em fatos negativos ocorridos em outros países, como derrotas militares e escândalos envolvendo governantes. Os assuntos locais passaram a ser mais abordados na primeira metade do século XVII, mas a censura era uma prática comum, não sendo possível noticiar algo que pudesse provocar insatisfação popular contra o governo. A primeira lei protegendo a liberdade de imprensa foi aprovada na Suécia em 1766.
Com a invenção do telégrafo, em 1844, as notícias passaram a circular muito mais rapidamente, gerando uma grande mudança no jornalismo. Em meados do século XIX, os jornais já eram o principal veículo de transmissão das informações, passando a surgir grandes grupos editoriais, que tinham grande capacidade de influência.
Nos anos 1920, o surgimento do rádio novamente transformou o jornalismo, o que voltou a acontecer a partir dos anos 1940 com o surgimento da televisão. A partir do fim dos anos 1990, a internet trouxe volume e atualização de informações sem precedentes.]

Caixa de Texto: A partir de agora leia o texto abaixo e responda as seguintes questões.







EDITORIAL (22/8/2009)

Futuro incerto
A guerra surda travada entre gangues juvenis espalhadas pela Capital denota o fracasso das escassas tentativas do poder público de combater a violência na sua face mais cruel. A execução de um adolescente de 14 anos registrada, durante a semana, no Bairro Jardim Iracema, demonstra como vem operando a escala descendente dos confrontos travados entre grupos litigantes. O desfecho geralmente ocorre de forma isolada, eliminando os mais fracos.
Os jovens, na atualidade, especialmente os inseridos na baixa renda, não dispõem de lideranças amadurecidas, como os religiosos, os coordenadores de programas esportivos ou os dirigentes das próprias escolas públicas, nos quais possam se espelhar e absorver ensinamentos, conselhos e orientações comportamentais. Não há, igualmente, instituições públicas capazes de atraí-los com programas de lazer, livrando-os dos riscos das drogas em profusão.
As consequências se fazem sentir nessa disputa para saber quais grupos eliminam mais, mediante o emprego de armas de fogo, de preferência aqueles situados abaixo dos 15 anos de idade. Essa é a faixa juvenil mais constante, hoje, nas baixas registradas pelos homicídios. E o mais grave: não se ouve uma só voz capaz de liderar um amplo movimento para pôr fim a essa carnificina desenfreada.
A violência, a cada dia, adquire contornos de grave problema nacional, para cujo combate o aparelho estatal de segurança nem sequer conseguiu se estruturar.
Dados do 3º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, agora divulgados, comprovam a desordem nas estatísticas dos fatos policiais, impossibilitando a construção de um perfil próximo da realidade da violência vivida especialmente nos grupos economicamente sacrificados.
Mesmo em quantidade precária, as informações reunidas foram capazes de comprovar, na maior parte dos Estados, um aumento no registro de homicídios dolosos nos últimos anos. Com estatísticas de 23 Estados, o Anuário vem comprovando o crescimento do crime em 16 deles e a redução em apenas sete.
Esse quadro contrasta com o incremento nos gastos com a segurança pública, sem nenhuma influência na queda da criminalidade. Durante o ano passado, o item segurança pública consumiu R$ 39 bilhões no País.
A revelação comprova exigir o problema a integração de outros segmentos, especialmente em relação aos menores sob risco de delinquência, com a oferta de políticas sociais efetivas, a permanência de maior tempo na escola e o engajamento em atividades produtivas para os menores aprendizes. Do contrário, a escola do crime logrará êxito cada vez mais.
Lançadas à própria sorte, as gangues periféricas continuam a dispor das cartas. Enquanto isso, já não há mais espaços nos estabelecimentos de ressocialização dos adolescentes infratores, amontoados como ocorre nos presídios dos adultos, sem ocupações produtivas, sem rendimento escolar e com um futuro incerto. A prevenção contra a marginalidade dos grupos de menor idade precisa ser urgentemente repensada, como não há sentido no aparelho de segurança só agir depois dos fatos consumados. Afinal, o porte de armas é proibido, mas elas circulam livremente.
 Diário do Nordeste
01.   Que tipo de guerra surda o texto acima faz referência?


02.   Que tipo de segmento da sociedade está inserido nesse tipo de violência retratado no texto acima? E quais são os fatores que elevam essa violência?


03.   Por que só gasto com a segurança pública não é a solução para o combate da violência?


04.   O que o autor quis dizer com: o porte de armas é proibido, mas elas circulam livremente.?


05.   O texto tem como finalidade:
a)    promover somente uma opinião.
b)    convocar a população para uma tomada de consciência.
c)     entreter o público.
d)   persuadir o público em favor do uso de armas.

·  Justifique o item marcado com uma passagem do texto.

LIBERDADE, OH, LIBERDADE

Todo mundo quer ser livre; a liberdade é o bem mais precioso, almejado por homens e mulheres de todas as idades, e a luta para conquistá-la começa bem cedo.
Desde os primeiros meses de idade, você só pensa em uma coisa: fazer apenas o que quer, na hora que quer, do jeito que quer.
Crianças de meses rejeitam a mamadeira de três em três horas, mas choram quando têm fome — querem comer na hora que escolherem —, e quando um pouco mais grandinhas brigam para não vestir a roupa que a mãe escolheu. Ficam loucas para ir sozinhas para o colégio, e quando chegam em casa além do horário previsto, ai de quem perguntar onde elas estiveram. “Por aí” é o que respondem, quando respondem — e as mães que enlouqueçam.
Quando adolescentes, as coisas pioram: querem a chave do carro (e a da casa), e quando começam a sair à noite e os pais tentam estabelecer uma hora para chegar, é guerra na certa, com as devidas consequências: quarto trancado, onde ninguém pode entrar nem para fazer uma arrumação básica. Naquele território ninguém entra, pois é o único do qual ele se sente dono — e, portanto, livre. A partir dos 12 anos, o sonho de todos os adolescentes é morar num apart — sozinhos, claro.
Mas o tempo passa, vem um namoro mais sério, e quem ama não é — nem quer ser — livre (para que o outro também não seja). Dá para quem está namorando sumir por três dias? Claro que não. Se for passar o fim de semana na casa da avó que mora em outra cidade, vai ter que dar o número do telefone
— e isso lá é liberdade? E dos celulares, melhor nem falar.
Aí um dia você começa a achar que, para ser livre mesmo, é preciso ser só; começa a se afastar de tudo e cancela o amor em sua vida — entre outras coisas. Ah, que maravilha: vai aonde quer, volta na hora em que bem entende, resolve se o almoço vai ser um sanduíche ou nada, sem ninguém para reclamar da geladeira vazia, trocar o canal de televisão ou reclamar porque você está fumando no quarto. Ah, viver em total liberdade é a melhor coisa do mundo. Mas a vida não é simples, um dia você acorda pensando em se mudar de casa; fica horas pesando os prós e contras, mas não consegue decidir se deve ou não. Pensa em refrescar a cabeça e ir ao cinema, mas fica na dúvida — enfrentar a fila, será que vale a pena? Vê a foto de uma modelo na revista e tem vontade de cortar o cabelo — mas será que vai ficar bem? Acaba não fazendo nada, e depois de tantos anos sem precisar dar satisfação da vida a ninguém, começa a sentir uma estranha nostalgia.
Como seria bom se tivesse alguém para dizer que é uma loucura fazer uma tatuagem; alguém que te aconselhasse a não trocar de carro agora — pra que, se o seu está tão bom? Que mostrasse o quanto você foi injusta com aquela amiga e precipitada quando largou o marido, o quanto foi rude com a faxineira por uma bobagem. Que falasse coisas que iam te irritar, desses conselhos que você iria seguir ou não, alguém
com quem você pudesse brigar, que te atormentasse o juízo às vezes, para você poder reclamar bastante. Alguém que dissesse o que você deve ou não fazer, o que pode e o que não pode e até mesmo te proibisse de alguma coisa.
E que às vezes notasse suas olheiras e falasse, de maneira firme, que você está muito magra e talvez exagerando na dieta; alguém que percebesse que, faltando dez dias para o final do mês, você só tem 50 reais na carteira e perguntasse se você não está precisando de alguma coisa. E que dissesse sempre, em qualquer circunstância, “vai dar tudo certo”. Que falta faz um pai.
(Danuza Leão. Folha de S. Paulo, 3/3/2002.)

06.   A autora defende um ponto de vista a respeito da importância que tem a liberdade na vida das pessoas. Qual é esse ponto de vista e em que fases da vida o ser humano aspira pela liberdade?


07.   De acordo com o texto, “o sonho de todos os adolescentes é morar num apart — sozinhos, claro”.
a)    Das regalias que há no lar, qual o adolescente encontraria num apart-hotel?


b)    O adolescente tem condições concretas de manter um apart-hotel


08.   Em sua trajetória de vida, o ser humano sofre profundas mudanças. De acordo com o texto, essas mudanças fazem com que ele deixe de valorizar a liberdade? Justifique sua resposta.

 

 

 

Aula 2

Notícia


A notícia é um formato de divulgação de um acontecimento por meios, jornalísticos. É a matéria-prima do Jornalismo, normalmente reconhecida como algum dado ou evento socialmente relevante que merece publicação numa mídia. Fatos políticos, sociais, econômicos, culturais, naturais e outros podem ser notícia se afectarem indivíduos ou grupos significativos para um determinado veículo de imprensa. Geralmente, a notícia tem conotação negativa, justamente por ser excepcional, anormal ou de grande impacto social, como acidentes, tragédias, guerras e golpes de estado. Notícias têm valor jornalístico apenas quando acabaram de acontecer, ou quando não foram noticiadas previamente por nenhum veículo. A "arte" do Jornalismo é escolher os assuntos que mais interessam ao público e apresentá-los de modo atraente. Nem todo texto jornalístico é noticioso, mas toda notícia é potencialmente objeto de apuração jornalística.

Quatro fatores principais influenciam na qualidade da notícia:
1.     Novidade: a notícia deve conter informações novas, e não repetir as já conhecidas
2.     Proximidade: quanto mais próximo do leitor for o local do evento, mais interesse a notícia gera, porque implica mais diretamente na vida do leitor
3.     Tamanho: tanto o que for muito grande quanto o que for muito pequeno atrai a atenção do público
4.     Relevância: notícia deve ser importante, ou, pelo menos, significativa. Acontecimentos banais, corriqueiros, geralmente não interessam ao público

Notícias chegam aos veículos de imprensa por meio de repórteres, correspondentes, agências de notícias e assessorias de imprensa. Eventualmente, amigos e conhecidos de jornalistas fornecem denúncias, sugestões de pauta, dicas e pistas, às vezes no anonimato, pelo telefone ou por e-mail.
Nos EUA, é comum a figura do news-hawk (gavião-de-notícia), uma espécie de informante-apurador contratado pelo jornal, que anda em busca de assuntos que potencialmente possam gerar notícias.

 

Trabalho do jornalista


A atividade primária do Jornalismo é a observação e descrição de eventos, conhecida como reportagem
·  "O quê" - o fato ocorrido
·  "Quem" - o personagem envolvido
·  "Onde" - o local do fato
·  "Quando" - o momento do fato
·  "Porquê" - a causa do fato
·  "Como" - o modo como o fato ocorreu

A essência do Jornalismo, entretanto, é a seleção e organização das informações no produto final (jornal, revista, programa de TV etc.), chamada de edição.

O trabalho jornalístico consiste em captação e tratamento escrito, oral, visual ou gráfico, da informação em qualquer uma de suas formas e variedades. O trabalho é normalmente dividido em quatro etapas distintas, cada qual com suas funções e particularidades: pauta, apuração, redação e edição.
·  A pauta é a seleção dos assuntos que serão abordados. É a etapa de escolha sobre quais indícios ou sugestões devem ser considerados para a publicação final.
·  A apuração é o processo de averiguar informação em estado bruto (dados, nomes, números etc.). A apuração é feita com documentos e pessoas que fornecem informações, chamadas de fontes. A interação de jornalistas com suas fontes envolve freqüentemente questões de confidencialidade.
·  A redação é o tratamento das informações apuradas em forma de texto verbal. Pode resultar num texto para ser impresso (em jornais, revistas e sites) ou lido em voz alta (no rádio, na TV e no cinema).
·  A edição é a finalização do material redigido em produto de comunicação, hierarquizando e coordenando o conteúdo de informações na forma final em que será apresentado. Muitas vezes, é a edição que confere sentido geral às informações coletadas nas etapas anteriores. No jornalismo impresso (jornais e revistas), a edição consiste em revisar e cortar textos de acordo com o espaço de impressão pré-definido. A diagramação é a disposição gráfica do conteúdo e faz parte da edição de impressos. No radiojornalismo, editar significa cortar e justapor trechos sonoros junto a textos de locução, o que no telejornalismo ganha o adicional da edição de imagens em movimento.
Estas três mídias citadas têm limites de espaço e tempo pré-definidos para o conteúdo, o que impõe restrições à edição. No chamado webjornalismo, ciberjornalismo ou "jornalismo online", estes limites teoricamente não existem.
A inexistência destes limites começa pela potencialidade da interação no jornalismo online, o que provoca um borramento entre as fronteiras que separam os papéis do emissor e do receptor, anunciando a figura do interagente. Esta prática tem se difundido como "jornalismo open source", ou o jornalismo de código aberto, onde informações são apuradas, redigidas e publicadas pela comunidade sem a obrigação de serem submetidas às rígidas rotinas de produção e às estruturas organizacionais das empresas de comunicação.
De acordo com a pesquisadora Catarina Moura, da Universidade da Beira Interior (Portugal), Jornalismo Open Source "implica, desde logo, permitir que várias pessoas (que não apenas os jornalistas) escrevam e, sem a castração da imparcialidade, dêem a sua opinião, impedindo assim a proliferação de um pensamento único, como o pode ser aquele difundido pela maioria dos jornais, cuja objectividade e imparcialidade são muitas vezes máscaras de um qualquer ponto de vista que serve interesses mais particulares que apenas o de informar com honestidade e isenção o público que os lê". (artigo disponível em http://www.bocc.ubi.pt)


Caixa de Texto: A partir de agora leia o texto abaixo e responda as seguintes questões.






Eu sou "normal"
Ser radical é coisa do passado.Hoje, muda-se de tribo o tempo todo
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http://veja.abril.com.br/especiais/jovens/imagens/cotidiano1.jpgAdélia Chagas

Se você perguntasse a um jovem dos anos 80 a que tribo ele pertencia, as respostas seriam múltiplas. Ele poderia ser punk, metaleiro, dark, new wave, careca, rockabilly. Um punk tratava um rockabilly como um Montecchio a um Capuletto em Romeu e Julieta: com desdém, raiva e sopapos. Não é à toa que os psicólogos passaram anos teorizando sobre a turma como a "segunda família". Era em relação a ela que havia códigos de honra. Era por ela que se combatia e brigava. A instituição da "turma" como substituta da "família" mereceu os primeiros estudos nos anos 50. Naquela época, ficou popular o musical West Side Story, uma versão de Romeu e Julieta que, em vez de Montecchios e Capulettos, opunha as tribos dos "Jets" e dos "Sharks".

Fotos Rogerio Voltan                Rog                                      Rog
http://veja.abril.com.br/especiais/jovens/imagens/cotidiano2.jpg     http://veja.abril.com.br/especiais/jovens/imagens/cotidiano3.jpg      http://veja.abril.com.br/especiais/jovens/imagens/cotidiano4.jpg

Esse quadro mudou na virada para o século 21. Pergunte a um adolescente dos dias de hoje a que tribo ele pertence. Há 99% de chance de que ele responda: "Eu sou normal". E o que significa ser normal? Não ter tribo? Nada disso. "Normal" é aquele que transita livremente por diferentes turmas. O que é surfista de dia e pagodeiro de noite, por exemplo. Ou a menina que é nerd no colégio, patricinha no shopping mas namora um metaleiro – e freqüenta festas de rock pesado com ele. Nos anos 80, uma patricinha (na época elas eram chamadas "burguesinhas") sofreria gozações num reduto hardcore. Atualmente, a resistência é bem menor.
Renata Ursaia
http://veja.abril.com.br/especiais/jovens/imagens/cotidiano5.jpgVive-se hoje a "era do camaleão". Há várias explicações para o fenômeno. A primeira é que o significado das tribos se diluiu. No começo dos anos 80, ser punk era admirar um movimento de jovens ingleses desempregados com plataforma definida. Hoje, dessa tendência, restaram apenas os cabelos com corte moicano e as braçadeiras de couro. Em vez de ideologia, há acessórios. E diversão. A maior parte das tribos, nos dias de hoje, se agrupa em torno de atividades de lazer. Que pode ser esportivo (surfistas e skatistas), cultural (pagodeiros, roqueiros, alternativos que gostam de MPB) ou relativo à vida noturna (clubbers e darks).
Por isso não faz sentido brigar. Por que combater alguém que apenas se diverte de forma diferente? Melhor é ficar amigo, para aproveitar diferentes tipos de programa. "Os adolescentes perceberam que não faz sentido se estapear por uma identidade transitória", defende o psicanalista e escritor italiano Contardo Calligaris. Entre os mais velhos, que viveram tempos mais radicais, há quem veja nessa mudança constante um lado negativo, um reflexo da superficialidade dos dias atuais. Na verdade, o exercício da tolerância é uma conquista da geração de hoje.

01.   Explique com suas palavras o que, para a autora do texto, é a “era do camaleão”.

02.   Observe as fotos que ilustra o artigo, responda:
a)    O que essas fotos mostram:

b)    Que relação pode ser estabelecida entre a imagem do camaleão e as diferentes imagens de jovens?

03.   A autora do artigo reproduz uma citação do psicanalista Contardo Calligáris: “Os adolescentes perceberam que não faz sentido se estapear por uma identidade transitória”. Explique com suas palavras o que é ter uma “identidade transitória”.


04.   Você concorda com a opinião de que o adolescente de hoje tem uma identidade transitória, vive na era do camaleão? explique sua opinião e exemplifique, se possível, contando em poucas palavras uma experiência pessoal.


05.   Qual o parágrafo que apresenta a idéia defendida pela autora, isto é, a tese? transcreva a frase desse parágrafo que expressa a tese.


06.   Transcreva do texto uma frase que represente um argumento para defender ou sustentar esta declaração: (...) não faz sentido brigar”.


07.   “Esse quadro mudou na virada para o século 21”.
Considerando a divisão feita na questão anterior, qual seria a função dessa frase no texto?

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