PROJETO PROFESSORES E ALUNOS CONECTADOS -2020
LÍNGUA PORTUGUESA
8º ANO- ANOS FINAIS
19ª SEMANA
Profs: Leonardo/Marcos/Mariane
Habilidades: (EF69LP29)
“Todo homem deseja naturalmente saber” (Aristóteles). Nossa atividade se inicia com essa frase de um dos maiores pensadores e filósofos da nossa humanidade. Desde sempre, nós seres humanos somos curiosos, a curiosidade é uma inclinação irresistível por parte do ser humano. Todos, cultos ou incultos querem conhecer a verdade e evitar o erro. Uma prova disso é vista desde os tempos do homem pré-histórico. Pela curiosidade e busca do conhecimento, conseguiram criar armas feitas de ossos de animais, inventaram o fogo e tantos outros e chegando ao nosso mundo atual, a ciência e a tecnologia comprovam o quanto o homem é um animal inquieto em busca do saber sempre. Já parou para pensar como você hoje em dia busca conhecer e saber os significados das coisas?
Questão 1.
a)
Reflita e diga o
que você entende sobre a imagem a cima.
b)
Assim como o garoto
a cima, quando você não sabe sobre um determinado assunto, onde você costuma
pesquisar para aprender sobre ele?
c) Nos tempos mais antigos, como dos seus pais ou seus avôs, você sabe onde eles pesquisavam quando não sabiam algo?
Questão 2. Observe os dois textos abaixo para responder:
TEXTO 1Fonte: Disponível em:
<https://www.elo7.com.br/arte-propaganda-com-foto/dp/731A56>.
Acesso em: 9 outubro. 2020
TEXTO 2
Foe: Selfie. Wikipedia: a enciclopédia livre. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Selfie>. Acesso em: 9 out. 2020
a)
O que o texto 1 fala? Qual o
objetivo dele?
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b)
E o texto 2? Qual seu objetivo?
c) Quais diferenças e semelhanças você ver nos dois texto
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d)
Observe de qual suporte foi tirado
os dois textos a cima. Você já pesquisou por algum deles? Qual o tipo de
linguagem (formal ou informal) utilizada nos dois textos?
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e) Verbete enciclopédico é um gênero textual de natureza expositiva, encontrado, como o nome já diz, em enciclopédias. Elas são organizadas em verbetes. Eles têm como objetivo apresentar definições e informações sobre um determinado assunto, utilizando linguagem objetiva e impessoal. Através desse conceito, qual dos textos você acha que mais se encaixa na característica do verbete enciclopédio. Texto 1 ou 2? Por quê?
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f)
Pesquise na
internet a diferença entre verbete enciclopédico e verbete de dicionário e comente
aqui.
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Caro aluno, como já dissemos anteriormente, os textos apresentam algumas informações explícitas, que são facilmente identificadas a partir de uma leitura atenta do texto; outras informações, porém, necessitam de uma atenção maior, pois estão implícitas, ou seja, não estão claras, mas podem ser subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma leitura eficiente, é preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler nas entrelinhas. Para compreender melhor observe a questão seguinte.
Leia o texto a seguir.
Defenestração
Certas palavras têm o significado
errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal.
As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A falácia
Amazônica. A misteriosa falácia Negra.
Hermeneutas deveria ser o membro de uma
seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.
Os hermeneutas estão chegando!
Xi, agora é que ninguém vai entender mais nada...
Os hemeneutas ocupariam a cidade e
paralizariam todas as atividades produtivas com seus enígmas e frases ambíguas.
Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas
até que as coisas recuperassem o seu sentido óbvio.
Antes disso, tudo pareceria
ter um sentido oculto.
-Alô...
O que é que você quer dizer com isso?... Traquinagem devia ser uma peça
mecânica.
Vamos ter que trocar a traquinagem. E o
vetor está gasto. Plúmbeo devia ser o barulho que o corpo faz ao cair na água
Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.
A princípio foi o fascínio da
ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no
dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado
por poucas pessoas. Tinha até um som lúbrico. Galanteadores de calçada deviam
sussurrar no ouvido das mulheres:
-Defenestras?
A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas...Ah, algumas defenestravam.
Também podia ser algo contra pragas e
insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria assim
defenestradores profissionais.
Ou quem sabe seria uma daquelas
misteriosas palavras que encerravam os documentos formais? "Nestes termos,
pede defenestração..." Era uma palavra cheia de implicações. Devo tê-la
usado uma ou outra vez, como em:
Aquele é um defenestrado.
Dando a entender que era uma pessoa,
assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada era a palavra exata.
Um dia finalmente procurei no
dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir.
"Defenestração" vem do francês defenestration. Substantivo feminino,
ato de atirar alguém ou algo pela janela.
Acabou a minha ignorância, mas não a
minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários
por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra
para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que,
então, defenestração?
Talvez fosse um hábito francês que caiu
em desuso. Como rapé. Um vício como o tabagismo ou as drogas, suprimido a
tempo. [...]
Quem entre nós nunca sentiu a compulsão
de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para
desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes
externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a
esta volúpia humana, nunca totalmente dominada. [...]
Em
outra ocasião, uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre
gemidos, ele aponta para cima e balbucia:
Fui
defenestrado… Alguém comenta:
Coitado. E depois
ainda atiraram ele pela janela?
Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o
papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque
resisti.
Luís
Fernando Veríssimo. O Analista de Bagé. 6ª ed. Porto Alegre.L&PM ed. 1981.
p. 29-31.
GLOSSÁRIO
Falácia: erro, engano,
falsidade.
Hermeneuta: pessoa que se especializou na leitura e na interpretação de livros
sagrados e antigos, geralmente de teor religioso ou filosófico; quem se
especializou em hermenêutica.
Andarilho: alguém que anda
muito, percorre muitas terras ou anda sem destino certo.
Prostrada: sem ânimo, sem
forças; derrubada, desanimada.
Lúbrico: caracterizado pela luxúria; lascivo, sensual.
Rapé: pó resultante de folhas de tabaco torradas e moídas, por vezes
misturadas a outros componentes. Basculante: janela que se abre com sistema de
báscula, levantando uma parte e baixando a outra: janela basculante.
Balbuciar: pronunciar imperfeitamente e com hesitação; gaguejar.
3. Depois de descobrir o real significado de defenestração, o narrador continua fascinado pela palavra porque
a)
fica imaginando as razões da existência de tal palavra.
b) vê pouca utilidade
na palavra na língua portuguesa.
c) pensou na possibilidade do significado real.
d) remete a uma ação
impraticada em nossa cultura.
Agora é a sua vez! Resolva as questões a seguir e exercite a sua habilidade de inferir uma informação implícita em um texto.
Observe a tirinha.
Fonte:
http://peruibenastrevas.blogspot.com/2018/08/tirinha-como-descobrir-um-et-em-peruibe.html.
Acessado
em 03 de abril de 2019.
4.
Por que o policial segue
desconfiando do homem mesmo depois de ter todas as perguntas respondidas?
Leia o texto a seguir.
O conto da mentira
Todo dia Felipe inventava uma mentira.
“Mãe, a vovó tá no telefone!”. A mãe largava a louça na pia e corria até a
sala. Encontrava o telefone mudo.
O garoto havia inventado morte do
cachorro, nota dez em matemática, gol de cabeça em campeonato de rua. A mãe
tentava assustá-lo: “Seu nariz vai ficar igual ao do Pinóquio!”. Felipe ria na
cara dela: “Quem tá mentindo é você! Não existe ninguém de madeira!”.
O pai de Felipe também conversava com
ele: “Um dia você contará uma verdade e ninguém acreditará!”. Felipe ficava
pensativo. Mas no dia seguinte...Então, aconteceu o que seu pai alertara.
Felipe assistia a um programa na TV. A apresentadora ligou para o número do
telefone da casa dele. Felipe tinha sido sorteado. O prêmio era uma bicicleta: “É
verdade, mãe!
Amoça quer falar com você no telefone pra combinar a entrega da
bicicleta. É verdade!”.
A mãe de Felipe fingiu não ouvir.
Continuou preparando o jantar em silêncio. Resultado: Felipe deixou de ganhar o
prêmio. Então, ele começou a reduzir suas mentiras. Até que um dia deixou de
contá-las. Bem, Felipe cresceu e tornou-se um escritor. Voltou a criar
histórias. Agora, sem culpa e sem medo. No momento está escrevendo um conto. É
a história de um menino que deixa de ganhar uma bicicleta porquementia…
AUGUSTO,
Rogério. FOLHA DE SÃO PAULO. São Paulo. Miniconto. Folhinha 14 jun. 2003.
5. Releia: “Voltou a
criar histórias. Agora, sem culpa e sem medo.”
Explique por que,
agora, Felipe não se sente culpado e com medo de criar histórias.
Identificar o tema de um texto.
Caro aluno, para estabelecer comunicação, há na
sociedade diferentes tipos de textos que podem ser usados e cada texto pode
apresentar um tema específico. Num texto de uma propaganda, por exemplo,
encontramos divulgação de um produto de beleza, eletrodoméstico, perfumes, uma
marca específica; já em um texto de artigo de opinião, encontramos um tema
polêmico, geralmente, de algo que verificamos em grande destaque na sociedade.
Dessa forma, podemos afirmar que o tema de um texto é o assunto que é abordado
nele. Para compreender melhor, observe a questão a seguir.
Leia o texto.
A
disciplina do amor
Foi na França, durante
a Segunda Grande guerra: um jovem tinha um cachorro que todos os dias,
pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco
antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e na
maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à casa. A vila
inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e
ele correspondia, chegava até a correr todo animado atrás dos mais íntimos.
Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que
seu dono apontava lá longe. Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem
foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá- lo? Continuou a ir
diariamente até a esquina, fixo o olhar naquele único ponto, a orelha em pé,
atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem-amado. Assim
que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro, até
chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio
preso à pata, voltava ao posto de espera. O jovem morreu num bombardeio, mas no
pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo,
distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando àquela hora ele disparava para o
compromisso assumido, todos os dias. Todos os dias, com o passar dos anos (a
memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não
voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros
familiares. Os amigos para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era
jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas
estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando?…uma tarde (era inverno) ele
lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.
TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor.
6) O tema do texto
é
a) a fidelidade de um cão a seu dono.
b) o esquecimento dos que morrem.
c) os horrores da
guerra.
d) a tristeza dos animais abandonados.
Observe a charge abaixo.
sexta-no-jornal-o-dia-373907.html.
Acesso em 7 abr 2020.
7) O tema dessa charge é
a) a despreocupação do brasileiro com o
coronavírus.
b) as maneiras de se combater o coronavírus.
c) o papel da imprensa no combate ao coronavírus.
d) o pavor da população com o coronavírus.
Leia o texto a seguir.
8) O tema desse texto é
a)
a certeza da morte.
b)
a chegada da velhice.
c)
a importância do amor.
d) o valor do tempo.
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