7º ANO – ANOS FINAIS
LÍNGUA PORTUGUESA – 2ª SEMANA
ANO/SEGMENTO: 7º Ano/ Anos Finais COMPONENTE CURRICULAR: Língua
Portuguesa UNIDADES TEMÁTICAS: Leitura.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
- Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto;
- Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos;
- Estratégia de leitura: identificação de teses e argumentos Apreciação e réplica.
HABILIDADES:
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais
circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e
fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de
abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados,
explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses
subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor
presente.
(EF06LP02) Estabelecer relação entre os diferentes gêneros
jornalísticos, compreendendo a centralidade da notícia.
(EF67LP05) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos
explícitos e argumentos em textos argumentativos (carta de leitor,
comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), manifestando
concordância ou discordância.
DESENVOLVIMENTO DO PLANO:
Texto
1
AMBIENTE ¬
Em menos de um ano, governo Bolsonaro já liberou registros de 439 agrotóxicos
Por Redação RBA - Publicado 28/11/2019
São Paulo – O governo Bolsonaro liberou, nesta quarta-feira (27),
mais 57 novos registros de agrotóxicos. O novo ato do Ministério da
Agricultura foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).
Oficialmente, o governo confirma a licença de um total de 439
substâncias, mas, na verdade, o número pode chegar a 467 produtos.
Independentemente, no entanto, da soma final, a quantidade de novos
registros já é a maior dos últimos 14 anos, como destacam os dados
da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.
Entre 2008 e 2015, por exemplo, a média de aprovações ficava em
torno de 130 novos pesticidas por ano. [...] Mas de 2016 pra frente,
houve um aumento significativo de agrotóxicos liberados pelos
governos desses períodos: em 2016 foram 277 registros, 405 em 2017 e
450 em 2018. O governo justifica afirmando que, até o momento, é
responsável pela liberação de 439 produtos [..].
Para a geógrafa, doutora e professora da Universidade de São Paulo
(USP) Larissa Mies Bombardi, autora do atlas “Geografia do uso de
agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia”, de toda
forma o governo Bolsonaro “abre as portas do inferno” com a
liberação de agrotóxicos, como reitera em entrevista à jornalista
Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual. “Não tem discussão, na
verdade é um número sem precedência, a gente nunca tinha visto
isso”, destaca. A pesquisadora afirma que 34% dos novos agrotóxicos
são proibidos na União Europeia, mas foram liberados por Bolsonaro,
e que 34% dessas substâncias também são consideradas altamente
tóxicas.
“É algo grave que a gente tem que olhar porque tem todo um
argumento construído pelo governo que essas novas aprovações são
substâncias menos tóxicas e mais modernas, mas, na verdade, de
novas substâncias a gente só tem 6%. E a gente continua com um
quadro que é grave, aprovando substâncias que são proibidas em
outros países (…) Na lista dos 10 (agrotóxicos) mais vendidos no
Brasil estão produtos que são proibidos na União Europeia e foram
proibidos em função da sua toxicidade [...]. Eram utilizados, mas
foram proibidos”, comenta a geógrafa.
Assista a entrevista de Larissa Mies Bombardi, no Youtube:
Larissa Mies Bombardi é professora doutora no Departamento de
Geografia da USP (Universidade de São Paulo), pesquisadora sobre o
uso de agrotóxicos na agricultura brasileira e sua conexão com a
mundialização do capital. Fez pós-doutorado na Universidade de
Strathclyde - Escócia, desenvolvendo o Projeto de Pesquisa: “Brasil
e União Europeia - A agricultura mundializada e a dialética do uso
de agrotóxicos: diferenças, restrições e impactos das commodities
brasileiras no mercado europeu”.
Texto
2
28.
dez. 2019
[...]
Em
setembro, o jornal „Folha‟
comparou 96
ingredientes ativos que compõem os agrotóxicos liberados no Brasil
até o dia 19 daquele mês. O levantamento revelou que 28 dos 96
ingredientes são barrados na União Europeia, 36 na Austrália, 30
na Índia e 18 no Canadá.
Segundo
pesquisas de vários países, as substâncias clorotamil,
clorotalonil, gilfosato, cloridrato
de cartape,
diquate e atrazina são altamente letais, mas foram totalmente
liberadas pelo atual governo do Brasil, que demonstra não se
preocupar com a saúde e a vida da população
brasileira.
Por
causa do risco para a saúde das pessoas, esses produtos são
proibidos em vários países, principalmente nos países
desenvolvidos da Europa, nos EUA, Índia, Argentina, Canadá e
Austrália.
[...]
(Texto
adaptado
para
fins
didáticos.
Jornal
„Folha
de
S.
Paulo‟
-
https://www1.folha.uol.com.br.
28/12/2019.
Acesso em
7/4/2019)
Texto 3
Texto
4
Atividades de leitura, compreensão e interpretação de textos
Analisando
a estrutura (organização) de uma notícia
a. O que aconteceu?
2. O Texto 1 é uma notícia. Abaixo, aponte cada uma das partes que compõem esse gênero textual.
a. Manchete ou Título
Atividades de leitura, compreensão e interpretação de textos
Parte
2
Analisando
os sentidos dos textos
Além
de ler o texto 1, leia com atenção os textos 2, 3 e 4 para resolver
os exercícios a seguir.
a. O que são agrotóxicos?
a. “Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e conexões com a
União Europeia” (texto
1)
b. “Não
tem discussão, [...], a gente nunca tinha visto isso” (texto
1)
c. Em
setembro,
o
jornal
„Folha‟
comparou
96
ingredientes
ativos
dos
agrotóxicos
[...]
(texto
2)
Por que os
autores das notícias usaram aspas em cada um desses trechos?
Explique cada
um.
Os autores usaram as aspas pelo mesmo motivo em alguma das opções acima? Explique.
“Um em cada 5 agrotóxicos liberados no último ano é extremamente tóxico”.
A expressão sublinhada indica qual ano? Para responder a essa pergunta, o que você observou?
a. um
tipo de abelha que é encontrada só nos EUA, na China e na
Europa.
b. um
medicamento para combater os males causados pelos agrotóxicos.
c. uma
doença causada pelos agrotóxicos vendidos no Canadá e na
Austrália.
d. uma
substância presente na composição de agrotóxicos liberados aqui
no
Brasil.
O artigo de opinião é um tipo de texto
dissertativo-argumentativo em que o autor apresenta seu ponto de
vista sobre determinado tema. A argumentação é o principal recurso
retórico utilizado nos textos de opinião, que têm como principal
característica informar e persuadir o leitor sobre um assunto.
Geralmente, os artigos de opinião são veiculados nos meios de
comunicação de massa (televisão, rádio, jornais ou revistas) e
abordam temas da atualidade.
Características do artigo de opinião:
- Textos escritos em primeira e terceira pessoa.
- Uso de argumento e persuassão.
- Geralmente são assinados pelo autor.
- Produções
- Possuem uma linguagem simples, objetiva e subjetiva.
- Escolha de temas da atualidade.
- Possuem títulos polemicos e provocativos.
- Contem verbos no presente e no imperativo.
Por que eles bebem e dirigem?
A adoção de uma lei seca mais rigorosa no Estado de São Paulo não
bastou. Os dados da Secretaria de Segurança Pública revelam uma
redução de quase 20% de acidentes com mortes no trânsito nos
primeiros meses de 2012 para 2013 no Estado depois da lei, mas, no
mesmo período dois acidentes impressionaram. Um deles amputou o
braço de um jovem ciclista em plena Avenida Paulista, uma das
principais artérias de São Paulo. O outro matou um garoto de 15
anos que andava de skate numa rua de Guarulhos, na grande São Paulo.
Ambos foram vítimas de motoristas alcoolizados. O convívio de
motoristas com ciclistas, motoqueiros, skatistas e pedestres nas
ruas, cada vez mais estranguladas pelo trânsito nas médias e
grandes cidades do país, se tornou insano. Quando a bebida entra
nessa relação tensa, os efeitos são ainda mais catastróficos.
Várias propostas têm sido discutidas no mundo para reduzir a
violência no trânsito. Em muitos países, ela é a principal causa
de mortes entre os jovens. Entre as medidas, aumentar a carga
tributária (e, por tabela, o preço das bebidas), diminuir os pontos
de venda de álcool à noite, regulamentar a publicidade, fiscalizar
com mais
rigor e impor penas mais duras. Tudo isso parece causar um impacto
inicial nos números. O grande desafio é aprimorar os resultados e
torná-los permanentes.
Há questões estruturais importantes que devem, também, ser
destacadas. Nas grandes cidades, transporte público de qualidade e
barato, estendido madrugada adentro, que garanta um meio tranquilo de
o jovem chegar em casa, é um deles.
Criar áreas seguras nas ruas (com ciclovias protegidas) também pode
ser uma medida importante. Alguns países estudam a instalação de
detectores de álcool (uma espécie de bafômetro pessoal) acoplados
a caminhões, ônibus e até carros particulares. Para ligar o motor,
o próprio carro exige um controle do consumo de bebida.
Além desses fatores, não se pode esquecer do comportamento. Mais
que ensinar a guiar e a respeitar quem está nas ruas, a educação
pelo trânsito deveria passar pela percepção do risco envolvido no
ato de guiar embriagado ou sob efeitos de outras drogas. É aí que
se esbarra numa das questões mais difíceis. Como sensibilizar o
condutor do veículo, principalmente o jovem motorista, do risco que
ele corre e, pior, que ele pode oferecer aos outros? Sem mexer nesse
componente humano, de noção de responsabilidade e limite, será
difícil solidificar as conquistas
deste início de ano.
BOUER, Jairo. Época, p.81, 1o abr.2013. www.acessaber.com.br
1. O texto traz dois temas relevantes relacionados ao trânsito. Quais
são eles ?Comente.
2. De
acordo com o texto, a adoção de uma lei seca mais rigorosa no
Estado de São Paulo não bastou, mesmo tendo havido uma redução
nos acidentes de trânsito. Explique por quê?
3. Algumas
propostas têm sido discutidas no mundo para reduzir a violência no
trânsito. Cite algumas medidas, que de acordo com o texto podem
contribuir com essa
redução.
4. Cite
alguns fatores que se colocados em prática irão contribuir para a
diminuição de acidentes no
trânsito.
5. De
acordo com o texto, qual questão é a mais difícil de ser tratada
em relação a diminuição de uso excessivo de álcool e
consequentemente a violência no
trânsito?
6. Com
base no tema proposto no texto acima, produza um texto
argumentativo; aponte soluções para melhorar os problemas causados
pelo trânsito em nosso país. Não esqueça que seu texto deverá
conter: a tese ou o ponto de vista expostos no primeiro parágrafo e
definido nos demais parágrafos, o desenvolvimento no
qual deverá conter argumentos convincentes em defesa de seu ponto de
vista e, finalmente a conclusão.
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